Papa canoniza padre antinazismo e monge assassinado na Argélia
Mais de 50 mil pessoas acompanharam a cerimônia
SBT News
O papa Francisco canonizou, no domingo (15.mai), dez novos santos da Igreja Católica. Entre eles, está um padre holandês antinazismo, assassinado no campo de concentração de Dachau, e um monge eremita francês morto na Argélia.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
Usando cadeira de rodas por conta de dores no joelho e na perna, Francisco participou da cerimônia, na Praça São Pedro, que contou com a presença de 50 mil pessoas. O pontífice leu as proclamações de canonização diante do altar.
Entre os que receberam a canonização está Titus Brandsma, integrante da ordem religiosa carmelita. Atuando como presidente da universidade católica de Nijmegen, se posicionou contrário ao nazismo antes mesmo do início da Segunda Guerra Mundial. Na ocupação das tropas comandadas por Adolf Hitler, Brandsma se colocou contrário às leis antijudaicas. Preso em 1942, foi mantido em prisões holandesas antes de ser levado para a cidade alemã de Dachau, onde seria submetido a experimentos biológicos e, posteriormente, morto por injeção letal aos 61 anos.
Já o francês Charles de Foucauld, foi soldado, explorador e geógrafo antes de se tornar padre. Vivendo como eremita na região norte do continente africano, publicou o primeiro dicionário tuaregue-francês, também atuando na tradução de poemas tuaregues para a língua franco. De Foucauld foi morto após uma tentativa de sequestro por invasores beduínos na Argélia, em 1916.
Também foram canonizados Devasahayam Pillai, que morreu por se converter ao cristianismo no século XVIII, e o padre francês Cesar de Bus, que fundou uma ordem religiosa no século XVI. Além deles, dois padres italianos, três freiras italianas e uma freira francesa que viveram entre os séculos XVI e XX foram reconhecidos pela Igreja Católica.
Leia também: