Inflação na Argentina sobe 58%, valor mais elevado em 30 anos
Dado diz respeito à alta acumulada nos últimos 12 meses; em abril, inflação acelerou 6%
![Inflação na Argentina sobe 58%, valor mais elevado em 30 anos](/_next/image?url=https%3A%2F%2Fsbt-news-assets-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com%2FFlickr_55f7b165de.jpg&w=1920&q=90)
A inflação na Argentina subiu 6% em abril e, dessa forma, acumula alta de 58% nos últimos 12 meses -- valor mais elevado em 30 anos -- e de 23,1% em 2022, segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec) do país.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
As informações são do jornal argentino Clarín. Ainda de acordo com o veículo, a última alta da inflação em 12 meses que superou os 58% foi registrada em janeiro de 1992 (76%), e o Ministério da Economia afirmou que a inflação de abril foi impulsionada por um componente no qual não são consideradas variações sazonais ou preços administrados. Ele aumentou 6,7% no mês passado, impactado principalmente pelo crescimento nos preços do vestuário e calçados (9,9%), dos restaurantes e hotéis (7,3%), alimentos e bebidas (5,9%), saúde (6,4%), recreação, aluguel de moradias, veículos e outros.
O Centro de Estudos Econômicos Argentina XXI, diz o Clarín, calcula que os salários reais na Argentina tiveram queda de 5,7% nos últimos 12 meses. Segundo a Associated Press, milhares de ativistas participaram fizeram uma marcha em Buenos Aires, na 5ª feira (13.mai), exigindo mais trabalho e renda, e que o governo renegocia a dívida do país com o Fundo Monetário Internacional (FMI). O ato foi denominado Marcha Federal. Participantes viajaram por três dias pelo território argentino para que suas reivindicações fossem ouvidas em toda a nação. A ativista Magalí Cornide criticou os últimos acordos feitos pelo governo local com o FMI para refinanciar US$ 45 bilhões: "Eles fazem ajustes e então nós pagamos as consequências como classe trabalhadora".
Veja também: