Papa apela por paz na Ucrânia e lamenta "Páscoa de guerra"
Sobre conflito entre ucranianos e russos, Francisco diz que é 'cruel e sem sentido' e ressalta outras crises pelo mundo
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Durante seu discurso de Páscoa, neste domingo (17.abr), na Basílica de São Pedro, no Vaticano, o líder da Igreja Católica, Papa Francisco fez crítica aos ataque da Rússia na Ucrânia, destacou que é uma guerra 'cruel e sem sentido'.
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Durante sua tradicional mensagem Urbi et Orbi ('À cidade e ao mundo'), o pontífice dedicou boa parte de seu discurso à guerra na Ucrânia.
Ele lamentou que o mundo atravessa uma 'Páscoa de guerra', com os 'corações cheios de medo e angústia, enquanto muitos irmãos e irmãs tiveram de se trancar para se defender das bombas'.
Bergoglio mencionou as 'numerosas vítimas ucranianas, os milhões de refugiados e de deslocados internos' na Ucrânia, além de lamentar sobre 'as vidas despedaçadas' e as cidades destruídas.
O Papa espera que os vários atos de caridade se tornem 'uma benção para nossas sociedades, muitas vezes degradadas por tanto egoísmo e individualismo'.
O pontífice também lembrou dos conflitos no Iêmen, na Líbia, tensões no Oriente Médio e a corrupção na América Latina. Ele também rezou por 'paz e reconciliação na Síria, no Iraque, e no Líbano. Relembrou o 'cenário de ódio e violência' em Myanmar e a crise no Afeganistão.
Francisco pediu paz para todo o continente africano para que acabe com a exploração, ataques terroristas, a violência na República Democrática do Congo e a crise humanitária na Etiópia. Ainda expressou solidariedade pelos mortos nas inundações na África do Sul.
Durante seu discurso, o prefeito da cidade ucraniana de Melitopol, Ivan Federov, que foi sequestrado por forças russas, e depois, libertado após uma troca de prisioneiro estava presente no Vaticano acompanhando o sermão do líder da Igreja Católica.
O discurso com presença de público acontece pela primeira vez desde 2019.