Eleições na França acontecem neste domingo
Macron e Le Pen enfrentam cenário dividido, onde ambos estão em empate técnico
SBT News
Neste domingo (10.abr), a França vai às urnas para escolher o novo presidente de seu país. O cenário é semelhante ao pleito de 2017, onde de um lado tem um candidato conservador, neste caso, o atual presidente Emmanuel Macron (República em Marcha) contra a representante da extrema-direita Marine Le Pen (Reagrupamento Nacional).
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
Na última pesquisa, que foi divulgada na 6ªfeira (8.abr) pelo Elabe, sob encomenda da emissora BFM-TV, mostra um empate técnico entre Macron (26%) e Le Pen (24%). No começo da semana a diferença entre eles era maior, com o atual presidente com 29% contra 24% da sua principal concorrente.
No cenário de segundo turno, as pesquisas também mostram um cenário de paridade numérica entre os concorrentes: Macron com 51% e Le Pen com 49%. Para o novo pleito acontecer, é necessário que nenhum dos candidatos tenha mais de 50% no primeiro turno.
Longe dessa disputa acirrada está o terceiro candidato da disputa, Jean-Luc Mélenchon, candidado da extrema-esquerda pelo partido França Insubmissa, com cerca de 17% das intenções de voto.
Outro candidato que perdeu folego na disputa eleitoral é Éric Zemmour, do partido Reconquista, que perdeu espaço no pleito e aparece com 9% das intenções de voto.
No fim de 2021, Zemmour teve um forte embate com Le Pen, no entanto sua campanha marcada por vários ataques xenofóbicos e racista afastou muitos potenciais eleitores e votos.
Polarização desde a guerra na Ucrânia
A polarização entre Le Pen e Macron acontece desde o início da guerra na Ucrânia. O presidente francês é um dos principais interlocutores internacionais para um cessar-fogo no conflito e, de certa forma, o seu movimento diplomático nesta situação torna-se uma avaliação dos franceses no pleito deste domingo.
Macron tem usado sua campanha para ser alguém que luta contra o extremismo. Em entrevista ao jornal Le Parisien, o presidente disse que Le Pen e seu partido dependem financeiramente de Vladmir Putin e que sua concorrente é condescendente com a Rússia, além de apontar que o programa de governo dela é considerado brutal, racista e cheio de mentiras no âmbito social.