Rússia proíbe exportação de mais de 200 produtos em resposta às sanções
Brasil está fora da lista de países vistos como hostis pelos russos
Em resposta às sanções do ocidente, a Rússia proibiu a exportação de mais de 200 produtos para os 27 países da União Europeia, Estados Unidos e mais 20 países considerados hostis. O Brasil não está nesta lista. O fornecimento de gás natural à Europa, por enquanto, não foi afetado.
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Entre os produtos proibidos estão equipamentos de telecomunicações, insumos médicos, automotivos, tecnológicos e agrícolas, como trigo. Segundo o governo russo, as medidas servem para manter setores-chave da economia do país funcionando. A proibição afeta ainda bens feitos por empresas estrangeiras que operam em solo russo, como automóveis.
A Rússia também suspendeu temporariamente a venda de fertilizantes, mas anunciou que vai manter acordos com países amigáveis. Durante reunião transmitida pela TV, Vladimir Putin também chegou a discutir com seus ministros o plano de nacionalizar empresas que deixaram seu país.
Todas essas decisões vêm depois de uma série de anúncios de sanções do ocidente, encabeçadas pelos Estados Unidos. No Reino Unido, os alvos das sanções foram sete bilionários russos ligados a Vladimir Putin, entre eles Roman Abramovich - dono do clube de futebol Chelsea. O governo britânico anunciou que a equipe poderá continuar disputando a Premier League, mas o processo de venda do time, anunciado este mês por Abramovich, está suspenso.
Nos Estados Unidos, a porta-voz da Casa Branca teve que se explicar, numa coletiva de imprensa, depois de afirmar nas redes sociais que a Rússia estaria pronta para usar armas biológicas na Ucrânia. Jen Psaki disse que a Rússia é conhecida por lançar mentiras e que o mundo precisa ficar de olhos abertos para a capacidade de Moscou fazer esse tipo de ataque. Questionada se isso mudaria a posição dos americanos em relação ao envio de militares, ela não soube responder.
A acusação de produção armas químicas foi feita, inicialmente, pela Rússia, que disse ter encontrado, sem apresentar provas, supostos laboratórios americanos na Ucrânia, onde estariam sendo feitos testes com o coronavírus presente em morcegos. O pentágono nega.
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