Interesse e segurança da Rússia são inegociáveis, afirma Putin
Líder russo reforçou que desescalada ocorrerá conforme os acordos firmados com a Otan
SBT News
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou, nesta 4ª feira (23.fev), que está aberto a um diálogo sobre a crise com a Ucrânia, mas que os interesses e segurança do país são inegociáveis. Apesar de não citar o governo ucraniano em no discurso, o Kremlin ressaltou a "difícil situação internacional e as ameaças representadas pelos desafios autais".
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"Nosso país está sempre aberto a um diálogo direto e honesto e pronto para buscar soluções diplomáticas para as questões mais complicadas", disse Putin. "Mas quero repetir que os interesses da Rússia e a segurança do nosso povo são uma prioridade inegociável", completou.
O político frisou ainda que "os apelos do país para construir um sistema de segurança igual e indivisível que defenda de forma confiável todos os países permanecem sem resposta". Ele se refere a aproximação do governo ucraniano com a Organização do Tratato do Atlântico Norte (Otan), vista como uma ameaça pelo governo russo.
A preocupação de uma escalada militar na Europa é cada vez maior desde que Putin reconheceu a independência de dois territórios separatistas da Ucrânia - Donetsk e Lugansk - e ordenou o envio de tropas aos locais. A decisão foi condenada durante sessão com os Estados Unidos e por lideranças europeias, como Reino Unido, França e Alemanha.
Embora o presidente russo provoque dúvidas sobre o calendário de envio de tropas para o leste europeu, a intervenção do país já tem um marco legal após a ratificação dos acordos com os separatistas, especialmente no âmbito militar. Com isso, líderes internacionais já anunciaram a imposição de novas sanções contra o país.
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De acordo com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, a ação quebra um acordo firmado em 2015 para resolver, de forma pacífica, o conflito no leste da Ucrânia, bem como viola os princípios da Carta da organização, que garante a integridade territorial e soberania do governo ucraniano.
Na noite de ontem, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, anunciou a convocação dos reservistas das Forças Armadas e daqueles responsáveis pela defesa territorial para uma assembleia de treinamento.
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