Concentração de forças russas leva EUA a transferir embaixada na Ucrânia
Segundo secretário de Estado americano, governo dos EUA mantém esforço para diminuir crise com a Rússia
SBT News
Os Estados Unidos estão realocando temporariamente, de Kiev para Lviv, as atividades da embaixada do país na Ucrânia, devido a aumento na concentração de forças russas na fronteira. A medida foi anunciada nesta 2ª feira (14.fev) pelo secretário de Estado americano, Antony Blinken. Kiev é a capital ucraniana, enquanto a outra cidade fica no oeste do território ucraniano.
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"Não tenho prioridade maior do que a segurança dos americanos em todo o mundo, e isso, é claro, inclui nossos colegas servindo em nossos postos no exterior. Minha equipe e eu revisamos constantemente a situação de segurança para determinar quando a prudência obriga uma mudança de postura", afirmou Blinken ao fazer o anúncio.
Ainda de acordo com ele, a embaixada continuará coordenando o envolvimento diplomático dos Estados Unidos na Ucrânia e o governo americano mantém "intensos esforços diplomáticos" para diminuir a crise com a Rússia. O fato de as atividades da embaixada passarem a ser feitas em Lviv, diz Blinken, não prejudicam o apoio ou compromisso americano com os ucranianos. "Nosso compromisso com a soberania e integridade territorial da Ucrânia é inabalável. Também continuamos nossos esforços sinceros para chegar a uma solução diplomática e continuamos engajados com o governo russo após a ligação do presidente Biden com o presidente Putin e minha discussão com o ministro das Relações Exteriores [da Rússia] Lavrov. O caminho para a diplomacia continua disponível se a Rússia optar por se engajar de boa fé. Estamos ansiosos para retornar nossa equipe à embaixada assim que as condições permitirem", completou o secretário de Estado americano.
Biden e Putin conversaram por telefone no sábado (13.fev). O governo russo afirmou nesta 2ª feira que está aberto a um acordo diplomático sobre a situação na Ucrânia. Estados Unidos e União Europeia estimam que 130 mil soldados russos estão posicionados nas fronteiras ucranianas e prontos para uma invasão a qualquer momento. O G7, grupo que reúne sete das maiores economias do mundo, prometeu sérias sanções econômicas a Moscou em caso de uma ação militar.
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