Primeiro-ministro do Peru renuncia após três dias no cargo
Imprensa local havia mostrado uma denúncia policial, contra Héctor Valer, por violência doméstica
O primeiro-ministro do Peru, Héctor Valer, renunciou no sábado (5.fev). A decisão veio um dia depois de o presidente do país, Pedro Castillo, anunciar, em meio a uma crise política -- a primeira desde o começo do mandato --, que renovaria seu gabinete ministerial. Valer é a terceira pessoa a ocupar o cargo de premiê do Peru em seis meses de governo e a que ficou menos tempo no posto nos últimos 42 anos: somente três dias.
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Ao falar sobre a renúncia, no sábado, ele disse que foi "metralhado" por jornais peruanos vinculados à extrema-direita e que estes construíram uma imagem sua de "abusivo e violento". A imprensa local havia mostrado uma denúncia policial por violência doméstica, de 2016, na qual a esposa de Valer o acusava de agressão física - incluindo socos e puxões de cabelo. A mulher morreu em 2021.
A crise política no governo Castillo -- iniciado em 28 de julho do ano passado -- continua. Pela primeira vez, pessoas que votaram nele em 2021 protestam. Elas criticam sua falta de cuidado na escolha dos ministros. Na mensagem à nação feita por Castillo para anunciar a renovação do gabinete, na 6ª feira (4.fev), não houve qualquer autocrítica. Sua adversária nas eleições presidenciais do ano passado, Keiko Fujimore, afirmou anteriormente que ele deveria renunciar. De acordo com ela, o presidente "não sabe convocar as pessoas, não se sente responsável pelo cargo".
**Com informações da Associated Press
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