2021 foi um dos sete anos mais quentes da história, diz ONU
Gases de efeito estufa devem deixar o planeta mais quente a cada década
A Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou, nesta 4ª feira (19.jan), que o ano de 2021 foi um dos sete mais quentes já registrados na história. A análise contou com informações consolidadas de seis bases de dados internacionais sobre temperaturas globais.
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Em comunicado, a Organização Meteorológica Mundial (OMM), vinculada à ONU, afirmou ainda que "os sete anos mais quentes ocorreram todos a partir de 2015, e os três primeiros lugares da classificação correspondem a 2016, 2019 e 2020".
A entidade destacou ainda que, apesar do efeito La Niña (resfriamento), a temperatura mundial superou os níveis pré-industriais em mais de 1ºC pelo sétimo ano consecutivo. "Mesmo com os episódios de La Niña, 2021 ainda foi mais quente do que os outros anos influenciados pelo fenômeno", disse o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas.
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Segundo ele, o cenário mostra que "o aquecimento global de longo prazo fruto do aumento das concentrações de gases de efeito estufa é agora muito maior do que a variabilidade interanual das temperaturas médias mundiais causada pelos condicionantes climáticos de origem natural". A previsão, portanto, é que o planeta fique mais quente a cada década.
"O ano de 2021 será lembrado por temperaturas que quebraram recordes de quase 50°C no Canadá, comparáveis aos valores registrados no deserto da Argélia, chuvas excepcionais e enchentes mortais na Ásia e na Europa, além da seca em partes da África e da América do Sul. Os impactos das mudanças climáticas e perigos relacionados à temperatura tiveram efeitos devastadores em comunidades de todos os continentes", ressaltou Taalas.
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Em novembro de 2021, novos acordos para conter o aquecimento global foram firmados durante a 26ª Conferência da ONU sobre Mudança do Clima, em Glasgow, na Escócia. O objetivo do encontro foi fortalecer os esforços mundiais para neutralizar a emissão de gases de efeito estufa e manter a temperatura média global em 1,5º C até 2050 -- conforme o Acordo de Paris.