Com disparada de casos de covid, muitos países restringiram eventos públicos de Ano Novo

Para um público reduzido, 600 pessoas em vez de 600 mil, a parada de Ano Novo em Londres, realizada neste sábado (01.dez), pode até ter sido menor, mas na virada, o ritmo da cidade foi outro. Sem tapumes, pela primeira vez em quatro anos, o Big Ben marcou a contagem regressiva, mas sem a tradicional queima de fogos. O governo Inglês cancelou o evento, mas permitiu que as pessoas fizessem suas próprias festas, sem restrições. Bares e casas noturnas tiveram uma noite cheia na Inglaterra e o certificado da vacina era apenas opcional.  Escócia, Gales e Irlanda do Norte, mantiveram as restrições e cancelaram suas festas. 

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Em várias partes do mundo, a lógica foi muito parecida. Mesmo que os governos não tenham incentivado as aglomerações, elas acabaram acontecendo com ou sem restrições, ainda que em escala menor. Diante de uma variante tão contagiosa quanto a ômicron, as consequências deverão ser sentidas nas próximas semanas. 
Em Nova York, quinze mil pessoas acompanharam a tradicional queda da bola de cristal, que marca a virada do ano na Times Square. Muita gente, mas bem menos que o público de sessenta mil que frequentava o local antes da pandemia. A entrada só foi autorizada para quem usasse máscara e comprovasse a vacinação. 

 Em Madri, apesar dos recordes seguidos de novos casos de covid provocados pela ômicron, a praça Puerta Del Sol ficou lotada durante a queima de fogos e o mesmo aconteceu no Coliseu, em Roma. Em Paris, a Torre Eiffel brilhou sem queima de fogos. Longe das multidões, um grupo de médicos e enfermeiras fazia uma pausa em um hospital, em Marselha, "Claro que queremos aproveitar, mas precisamos manter um distanciamento, nos testar todos os dias porque se nos contaminarmos, vai comprometer o hospital", diz a enfermeira Marie, profissional que vai lutar pela vida de alguns que se contaminaram nas festas da última noite.