Migrantes venezuelanos na América Latina serão 8,9 milhões em 2022
Alerta foi feito pela ONU. Organização prevê que será necessário US$ 1,79 bilhão para apoiá-los
Até o fim de 2022, o número de migrantes e refugiados venezuelanos na América Latina será de 8,9 milhões, alertou a Organização das Nações Unidas (ONU), ao lançar o Plano Regional de Resposta a Refugiados e Migrantes (RMRP)
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A previsão supera em 2,9 milhões o atual número de 6 milhões de venezuelanos que já estão espalhados em 17 países da América Latina e do Caribe, e foi divulgado pelo representante especial conjunto da agência da ONU para refugiados (ACNUR) e da Organização Internacional das Migrações (OIM), Eduardo Stein, na última 5ªfeira (9.dez).
Para responder as necessidades crescentes desses refugiados e migrantes será necessário investimento de US$ 1,79 bilhão, que serão divididos em saúde, abrigo, distribuição alimentar, água, saneamento e higiene, assim como apoiar soluções de longo prazo que permitirão aos venezuelanos retomar suas vidas.
Em 2022, espera-se que uma média de 100 refugiados e migrantes da Venezuela entrem diariamente no Brasil via Pacaraima (RR), devido à deterioração da situação na Venezuela, atingindo um total estimado de 335.000 refugiados e migrantes no Brasil ao final do ano que vem. Em março de 2021, 144.996 venezuelanas e venezuelanos haviam recebido autorização de residência, 79.133 solicitaram refúgio e 46.923 refugiadas e refugiados viviam no país.
Apesar da fronteira com a Venezuela permanecer formalmente fechada, em junho de 2021, o governo brasileiro flexibilizou as restrições de entrada e permitiu a regularização de pessoas da Venezuela em situação de vulnerabilidade social, incluindo aquelas que haviam entrado irregularmente durante a pandemia da covid-19. No entanto, o número de venezuelanos que precisam de regularização migratória supera a capacidade de processamento das autoridades.
O planejamento do RMRP 2022 para o Brasil é baseado na premissa de que o governo brasileiro continuará a prestar assistência aos refugiados e migrantes da Venezuela por meio da Operação Acolhida, focada nos estados de Roraima e Amazonas como os mais afetados pelo fluxo da Venezuela.