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Papa se reúne com líder da Igreja Ortodoxa Grega do Chipre

Encontro entre o líder religioso e o arcebispo Crisóstomo II será no Santo Sínodo, o órgão máximo de tomada de decisões da Igreja Ortodoxa Grega

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encontro do papa Francisco
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Papa Francisco se encontra com líder da Igreja Ortodoxa Grega do Chipre para estreitar laços. O objetivo do encontro, desta 6ª feira (3.nov), é reparar ainda mais uma cisão ideológica e política entre o Ocidente católico e o Oriente Ortodoxo que data de quase um milênio. 

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O encontro entre o líder religioso e o arcebispo Crisóstomo II será no Santo Sínodo, o órgão máximo de tomada de decisões da Igreja Ortodoxa Grega. Francisco está programado para presidir um serviço ecumênico de oração com os migrantes no final do segundo dia da viagem de três dias dele ao Chipre. 

Para os líderes da igreja cipriota, a ilha mediterrânea com cerca de 800.000 fiéis, é como a "porta" para a expansão do cristianismo para o oeste, devido à sua proximidade com o local de nascimento da fé. 

Em 45 DC, o cristianismo se espalhou na região quando o apóstolo Paulo converteu o governador romano da ilha, Sergius Paulus, durante a primeira parada de sua primeira missão para divulgar a fé. O apóstolo Barnabé fundou a própria Igreja Cipriota.

O ponto focal da visita de Francisco é sua conexão de Chipre com as raízes do Cristianismo. Em conversa com o presidente cipriota Nicos Anastasiades e outros líderes do governo no palácio presidencial, o Papa disse: "Vamos alimentar a esperança pelo poder dos gestos, em vez de gestos do poder". Os líderes da Igreja cipriota estão ansiosos para fortalecer os laços com a Santa Sé, já que as comunidades cristãs minoritárias nos países vizinhos temem que sua fé esteja sob ataque em meio a conflitos armados.

A nação carrega as cicatrizes da guerra quando se dividiu em linhas étnicas em 1974, no momento em que a Turquia invadiu após um golpe que visava unir a ilha à Grécia.  O resultado da divisão étnica, foi a fuga de 170.000 cristãos do norte cipriota turco, onde igrejas, mosteiros e outros monumentos cristãos foram destruídos.

A destruição de locais de culto cristãos está entre as principais questões que se espera que o arcebispo Chrysostomos levante com o líder religioso, na busca de que a força política do pontífice ajude a reacender as negociações paralisadas para reunificar Chipre.

O papa pediu aos cipriotas gregos e cipriotas turcos que retomassem as negociações, dizendo que ameaças e demonstrações de força apenas prolongam a "terrível laceração" que o povo da ilha tem sofrido por quase meio século.

"Os tempos que parecem menos favoráveis, quando o diálogo enfraquece, podem ser os tempos que preparam para a paz", conclui o pontífice.
 

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