Justiça absolve jovem que matou duas pessoas em ato antirracista nos EUA
Kyle Rittenhouse foi inocentado das acusações de homicídio e tentativa da homicídio
A Justiça dos Estados Unidos declarou Kyle Rittenhouse, de 18 anos, inocente das acusações de homicídio e tentativa de homicídio por matar duas pessoas e ferir outra ao atirar com fuzil durante um protesto pelo fim da violência policial contra negros em Kenosha, no estado de Wisconsin, em 2020.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
"Eu não fiz nada errado. Eu me defendi", alegou o jovem durante seu testemunho. Com uma arma que foi comprada de forma ilegal, Rittenhouse, com 17 na época, viajou mais de 200 quilômetros da sua cidade, no estado de Ilinois, para Kenosha, onde ocorria protestos violentos pela morte de um homem negro por um policial. Ele se juntou a outros cidadães armados na tentativa de "proteger propriedades e prover atendimento médico", informou.
Um drone que registrava imagens da manifestação e testemunhas filmaram a confusão que tomou conta do protesto quando Rittenhouse atirou e matou Joseph Rosenbaum, 36, e Anthony Huber, 26. O manifestante Gaige Grosskreutz também foi ferido. O acusado e as vítimas são todos brancos.
Os promotores do caso classificaram o americano como "aspirante de soldado" que saiu em busca de problema na noite do incidente e foi responsável por criar uma situação perigosa ao apontar um fuzil na direção dos manifestantes. No entanto, o júri anonimo, após 3 dias e meio de deliberação, decidiu por declarar Rittenhouse inocente de todos os cinco crimes do qual era acusado. Caso tivesse sido condenado, o jovem poderia cumprir prisão perpetua.
A decisão foi criticada pelo democrata e atual tenente-governador de Wisconsin, Mandela Barnes: "Temos um caminho difícil para a justiça na América, e os veredictos que acabamos de testemunhar no julgamento de Kyle Rittenhouse são apenas outro exemplo".