Igreja na Itália diz que protestos anti-vacina vão contra Evangelho
Manifestações aumentaram quando país tornou obrigatória comprovação de vacinação nos locais de trabalho
A Conferência Episcopal Italiana (CEI) afirmou, nesta 4ª feira (17.nov), que os protestos anti-vacina no país são contra o Evangelho. O posicionamento é uma tentativa da CEI de se distanciar dos protestos contra a imunização e se alinhar com a postura do Papa Francisco, defensor da vacinação.
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A Itália vive uma onda de manifestações desde outubro, quando o governo tornou obrigatória a comprovação de vacinação, cura ou testagem contra a covid-19 em todos os locais de trabalho, o "passe verde".
"Não faltaram manifestações e egoísmos, indiferença e irresponsabilidade, caracterizadas frequentemente por uma mal compreendida afirmação de liberdade e por uma concepção distorcida de direitos", disse a CEI em comunicado.
Junto de outros países da União Europeia, a Itália vem sofrendo com a população que não quer se vacinar contra a covid-19, gerando aumento de casos e mortes tanto no país quanto na Europa. As autoridades locais já falam em voltar com as medidas de proteção contra o novo coronavírus, porém, dessa vez, só para aqueles que não se imunizaram, seguindo o modelo adotado na Áustria.
Desde o início da pandemia, a Itália já registrou mais de 4,87 milhões de infecções pela covid-19, resultando em 133 mil mortes. Ao todo, 73,7% da população italiana já recebeu a segunda dose ou o imunizante de aplicação única.
