Cerca de 240 milhões de crianças do mundo vivem com alguma deficiência
Unicef alerta para a desvantagem do grupo em setores como educação, nutrição e bem-estar
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Um novo levantamento do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) apontou que cerca de 240 milhões de crianças do mundo vivem com alguma deficiência. O documento, divulgado na 4ª feira (10.nov), aborda ainda as desvantagens do grupo relacionadas ao bem-estar, educação, nutrição e saúde.
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Para a diretora-executiva do Unicef, Henrietta Fore, a análise confirma que as crianças com deficiência têm menos chances de inclusão e de serem ouvidas, já que, "na maioria das vezes, elas são simplesmente deixadas para trás". "Isso deixa claro as barreiras que as crianças com deficiência enfrentam na sociedade, e como isso geralmente se traduz em impactos sociais negativos."
Na comparação com os menores sem deficiência, as crianças com deficiência têm 53% mais chances de terem infecções respiratórias, 49% mais possibilidade de nunca terem frequentado uma escola e 42% menos aptidão para ler e fazer contas. O documento revela ainda que as probabilidades do grupo ter problemas de crescimento e desenvolvimento físico aumentam em 34%.
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Fore lembra que "a exclusão geralmente é a consequência da invisibilidade" e, por isso, o lado emocional das crianças com deficiência também é afetado, com chances de se sentirem mais tristes (51%) e sofrer discriminação (41%). A violência física também é uma realidade: o índice apontou que o grupo tem 31% a mais de chance de sofrerem punições corporais severas, quando comparado com os menores sem deficiência.