Papa critica deportação e cobra acolhimento de refugiados do Mediterrâneo
Francisco se referiu especificamente à Líbia, onde a Guarda Costeira é acusada de violar os direitos humanos
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Em declaração feita no domingo (24.out), o Papa Francisco criticou a deportação de migrantes para países que não oferecem condições de segurança e defendeu o acolhimento dos refugiados que se arriscam em travessias marítimas para obter proteção na Europa.
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"É preciso pôr um fim ao retorno dos migrantes para países não seguros e dar prioridade ao socorro de vidas humanas no mar com dispositivos de resgate e desembarque previsíveis", disse o pontífice, se referindo, especificamente, à Líbia, onde a Guarda Costeira foi treinada, equipada e financiada pela Itália para auxiliar os refugiados, mas é acusada de violar os direitos humanos do grupo.
"Expresso minha proximidade aos milhares de migrantes, refugiados e outros necessitados de proteção na Líbia. Jamais esqueço de vocês. Ouço seus gritos e rezo por vocês. Peço mais uma vez à comunidade internacional que mantenha as promessas de procurar soluções concretas e duradouras para a gestão dos fluxos migratórios na Líbia e em todo o Mediterrâneo", declarou Francisco.
Segundo o Ministério do Interior da Itália, o país já recebeu 51.568 refugiados via o Mediterrâneo desde o início do ano, quase o dobro do registrado no mesmo período em 2020, de 26.683. Os países europeus temem um aumento do fluxo de migrações por causa da tomada do poder no Afeganistão pelo grupo Talibã.