Síndrome de Havana: funcionários da embaixada dos EUA relatam sintomas
Entre os sintomas, que começaram a aparecer na capital de Cuba, estão: dor de cabeça, de ouvido e tontura
Uma semana antes da visita programada pelo secretário de Estado, Antony Blinken, à Colômbia, as autoridades norte-americanas passaram a investigar possíveis casos da síndrome de Havana em funcionários da embaixada dos Estados Unidos em Bogotá, revelou o jornal Wall Street Journal, nesta 3ª feira (12.out).
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Noticiada pela primeira vez entre 2016 e 2017, a Síndrome de Havana é o nome dado a um conjunto de sintomas relatados pela primeira vez por diplomatas da embaixada dos EUA em Cuba. À época, a situação levou ao encerramento quase total da embaixada. Acredita-se que os sintomas - vertigens súbitas, náuseas, dores de cabeça e falta de concentração - estejam associados a radiação de micro-ondas.
O ex-presidente norte-americano, Donald Trump, chegou a afirmar que os diplomatas do país foram atacados por "um tipo de arma secreta" do governo cubano e solicitou, através do Departamento de Estado, um relatório das Academias Nacionais de Ciências, Engenharia e Medicina dos EUA (NASEM, na sigla em inglês).
Divulgado em 5 de dezembro de 2020, o estudo entendeu que "a energia de radiofrequência pulsada direcionada (micro-ondas)" era a causa "mais plausível para explicar os casos". Teoria refutada por meio de nota oficial, em 15 de dezembro, pela Academia Cubana de Ciências (ACC, na sigla em espanhol).
Em agosto, a vice-presidente dos EUA Kamala Harris cancelou uma viagem ao Vietnã depois de dois funcionários norte-americanos precisarem ser retirados do país após adoecerem.
À emissora BBC, um funcionário do Departamento de Estado comunicou que os novos relatos de Síndrome de Havana (AHLs) estão sendo "rigorosamente investigados".