Covid-19: França suspende três mil profissionais de saúde por não se vacinarem
Recusa da imunização é aceita apenas em casos de contraindicação médica ou contaminação recente
Após a vacinação contra covid-19 se tornar obrigatória para profissionais da saúde na França, as autoridades tiveram que suspender, nesta 5ª feira (16.set), cerca de três mil funcionários por não se vacinarem. A punição, mesmo que temporária, bloqueia a remuneração e pode resultar no rompimento de contrato.
"Grande parte dessas suspensões são apenas temporárias" e estão associadas "principalmente ao pessoal dos serviços de apoio", não tanto médicos ou enfermeiros, ressaltou o ministro francês da Saúde, Olivier Veran. Ainda segundo ele, dezenas de profissionais preferiram se demitir ao invés de aceitar a vacina.
"Estamos muito longe dos números de 200 mil a 300 mil trabalhadores da saúde que poderiam ser afastados, segundo algumas fontes, da assistência médica ou de lares e infraestruturas de apoio a idosos por serem contrários à vacinação", disse Veran, acrescentando que a recusa da imunização é aceita apenas em casos de contraindicação médica ou contaminação recente.
Desde ontem (14.set), todos os profissionais de saúde precisam receber ao menos uma dose da vacina e apresentar o comprovante para continuar trabalhando. A medida foi adotada principalmente por conta do crescimento de movimentos antivacinas no país, que impede o aumento da taxa de imunização comunitária.
Até o momento, a campanha de imunização na França alcançou 74% de pessoas com a primeira dose e 63% da população já está com o ciclo vacinal completo.