Estudo aponta crescimento em desastres naturais desde 2019
Pesquisadores sugerem o desenvolvimento de reservas climáticas estratégicas para conter crise climática
Um estudo realizado por cientistas de diferentes universidades norte-americanas concluiu que os desastres naturais, relacionados ao clima, tiveram um aumento significativo desde 2019. O artigo foi publicado na revista científica BioScience.
Segundo a pesquisa, 2020 foi o segundo ano mais quente desde 2015, resultando nos incêndios registrados em florestas da Califórnia, Estados Unidos e do Brasil. Os pesquisadores ainda ressaltaram as inundações na Europa Central, que também apresentam uma resposta à rápida deterioração do clima.
"Os acontecimentos e padrões climáticos extremos a que assistimos nos últimos anos, para não mencionar nas últimas semanas, sublinham a urgência com que devemos enfrentar a crise climática", disse o pesquisador Philip Duffy, coautor do estudo e diretor executivo do Woodwell Climate Research Center, com sede em Massachusetts.
O levantamento também contabilizou três grandes gases com efeito de estufa, dióxido de carbono, metano e óxido nitroso, atingindo um recorde de concentração atmosférica no ano passado e este ano também.
Os autores do estudo sugerem que serão necessárias mudanças profundas no comportamento humano para enfrentar os desafios da crise climática. Entre as recomendações, eles encorajam a "eliminação gradual e eventual proibição" dos combustíveis fósseis, assim como o desenvolvimento de reservas climáticas estratégicas.
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