10 países da Europa suspendem uso da vacina de Oxford
Há suspeita de trombose. Agência garante segurança, e pesquisadores alertam para risco de interrupção
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Alemanha, Itália, França e Espanha, as maiores economias da União Europeia, anunciaram nesta 2ª feira (15.mar) que vão suspender provisoriamente o uso da vacina Oxford/Astrazeneca até que sejam investigados os casos de trombose relatados em pessoas vacinadas.
Irlanda e Holanda fizeram o mesmo neste fim de semana. Com isso, já são 10 os países europeus que tomaram essa mesma decisão. Outros 6 suspenderam apenas o uso de um lote específico, colocado sob suspeita pelos austríacos.
37 casos de trombose foram identificados entre os 17 milhões de pessoas que receberam ao menos uma dose da vacina no Reino Unido e na União Européia. Mas não há nenhuma prova de que o problema tenha sido causado pelo imunizante. "É melhor ser cauteloso. E a decisão foi tomada com uma enorme dose de precaução", disse o doutor David Robert Grimes, pesquisador irlandês.
O excesso de precaução, no entanto, tem um preço. O professor Paul Hunter, do centro de pesquisa da Universidade de Norwich, na Inglaterra, lembrou que "será mais difícil que as pessoas aceitem a vacina e, se isso acontecer, mais pessoas vão ficar doentes, mais pessoas ficarão seriamente doentes e mais pessoas irão morrer".
A Agência Europeia de Medicina, que autorizou o uso do imunizante, manteve sua posição e disse que a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e produzida pela farmacêutica Astrazeneca não apresenta problemas de segurança e deve continuar a ser aplicada na população.
Em entrevista à BBC, o professor Andrew Pollard, um dos coordenadores do time da Universidade de Oxford que desenvolveu a vacina, disse que é certo que os casos sejam investigados e que "segurança é absolutamente fundamental". O pesquisador lembrou, no entanto, que 3 mil casos de trombose são registrados todos os meses no Reino Unido, independentemente da vacina.
A Organização Mundial da Saúde está reunindo informações sobre os casos recentes. "As conclusões e as improváveis mudanças nas recomendações que estão em vigor serão imediatamente comunicadas ao público", disse o porta-voz Christian Lidmeier. "Hoje, não há evidência de que os incidentes são causados pela vacina e é importante que as campanhas continuem para salvar vidas e impedir que as pessoas fiquem severamente doentes".
A Tailândia tinha anunciado a suspensão do uso da vacina Oxford/Astrazeneca, mas decidiu começar amanhã o uso do imunizante, depois de garantias das autoridades de saúde do país. República Democrática do Congo e Indonésia também suspenderam o lançamento de suas campanhas com a vacina produzida no Reino Unido.
Irlanda e Holanda fizeram o mesmo neste fim de semana. Com isso, já são 10 os países europeus que tomaram essa mesma decisão. Outros 6 suspenderam apenas o uso de um lote específico, colocado sob suspeita pelos austríacos.
37 casos de trombose foram identificados entre os 17 milhões de pessoas que receberam ao menos uma dose da vacina no Reino Unido e na União Européia. Mas não há nenhuma prova de que o problema tenha sido causado pelo imunizante. "É melhor ser cauteloso. E a decisão foi tomada com uma enorme dose de precaução", disse o doutor David Robert Grimes, pesquisador irlandês.
O excesso de precaução, no entanto, tem um preço. O professor Paul Hunter, do centro de pesquisa da Universidade de Norwich, na Inglaterra, lembrou que "será mais difícil que as pessoas aceitem a vacina e, se isso acontecer, mais pessoas vão ficar doentes, mais pessoas ficarão seriamente doentes e mais pessoas irão morrer".
A Agência Europeia de Medicina, que autorizou o uso do imunizante, manteve sua posição e disse que a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e produzida pela farmacêutica Astrazeneca não apresenta problemas de segurança e deve continuar a ser aplicada na população.
Em entrevista à BBC, o professor Andrew Pollard, um dos coordenadores do time da Universidade de Oxford que desenvolveu a vacina, disse que é certo que os casos sejam investigados e que "segurança é absolutamente fundamental". O pesquisador lembrou, no entanto, que 3 mil casos de trombose são registrados todos os meses no Reino Unido, independentemente da vacina.
A Organização Mundial da Saúde está reunindo informações sobre os casos recentes. "As conclusões e as improváveis mudanças nas recomendações que estão em vigor serão imediatamente comunicadas ao público", disse o porta-voz Christian Lidmeier. "Hoje, não há evidência de que os incidentes são causados pela vacina e é importante que as campanhas continuem para salvar vidas e impedir que as pessoas fiquem severamente doentes".
A Tailândia tinha anunciado a suspensão do uso da vacina Oxford/Astrazeneca, mas decidiu começar amanhã o uso do imunizante, depois de garantias das autoridades de saúde do país. República Democrática do Congo e Indonésia também suspenderam o lançamento de suas campanhas com a vacina produzida no Reino Unido.
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