Mundo
China aplica teste anal para identificar pessoas infectadas pelo coronavírus
A nova técnica está sendo usada principalmente no norte do país e na capital Pequim
Sérgio Utsch
• Atualizado em
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Na política de tolerância zero do governo chinês pra detectar casos positivos do novo coronavírus, todo desconforto é válido. Moradores do norte do país estão sendo submetidos, além das tradicionais checagens nasais, a testes anais.
Um cotonete é inserido entre dois e três centímetros no ânus pra detectar a presença do vírus. Na capital Pequim, mais de mil alunos e professores foram submetidos aos testes anal e nasal depois que um caso assintomático foi descoberto na escola.
Li Tongzeng, vice-diretora do departamento de doenças respiratórias do Hospital You An, em Pequim, disse que os exames pouco tradicionais são mais precisos. "Usar swabs anais aumenta a chance de detectar a infecção", disse em entrevista à CCTV.
A técnica foi baseada em pesquisas feitas pelos próprios chineses que mostraram que o vírus encontrado na região anal permanece mais tempo vivo que nas vias respiratórias.
Na última semana, passageiros de um voo que saiu de Changchun, capital da província de Jilin, foram cercados por oficiais do governo assim que desembarcaram em Pequim. Autoridades sanitárias descobriram que um dos passageiros tinha tido contato com uma pessoa de uma área considerada de risco.
Foi o suficiente pra que todos fossem levados pra um hotel e submetidos a exames nasal e anal, além de coleta de sangue.
A técnica não é unanimidade nem entre os oficiais chineses. "Não entendo porque Pequim está fazendo testes anais. Não é como checar a garganta. Você precisa de um lugar específico e o risco de transmissão por essa região é muito pequeno", disse Jiang Oingwu, professor de Epidemiologia da Escola de Saúde Pública da Universidade Fudan, em Xangai.
Não se trata de uma política nacional. A nova técnica está sendo usada principalmente no norte do país e na capital Pequim. O governo chinês faz muita pressão sobre as autoridades locais pra que novos casos sejam localizados e contidos o mais rapidamente possível.
Desde a semana passada, a capital adotou o sistema "14+7+7" para quarentena. Todos os que chegam a Pequim de fora do país tem que ficar 14 isolados em um hotel, depois mais 7 dias em casa ou ainda no hotel, em caso de não residentes. Os últimos 7 dias são de monitoramento constante da saúde. Só depois desse período de 28 dias, são permitidas atividades em grupo. Desobediência pode resultar em prisão.
A China tem uma das políticas de confinamento mais rígidas do planeta. O regime autoritário não deixa espaço para questionamentos de suas ordens. Isolamento e testes são obrigatórios, independentemente de qual região do corpo forem realizados.
Um cotonete é inserido entre dois e três centímetros no ânus pra detectar a presença do vírus. Na capital Pequim, mais de mil alunos e professores foram submetidos aos testes anal e nasal depois que um caso assintomático foi descoberto na escola.
Li Tongzeng, vice-diretora do departamento de doenças respiratórias do Hospital You An, em Pequim, disse que os exames pouco tradicionais são mais precisos. "Usar swabs anais aumenta a chance de detectar a infecção", disse em entrevista à CCTV.
A técnica foi baseada em pesquisas feitas pelos próprios chineses que mostraram que o vírus encontrado na região anal permanece mais tempo vivo que nas vias respiratórias.
Na última semana, passageiros de um voo que saiu de Changchun, capital da província de Jilin, foram cercados por oficiais do governo assim que desembarcaram em Pequim. Autoridades sanitárias descobriram que um dos passageiros tinha tido contato com uma pessoa de uma área considerada de risco.
Foi o suficiente pra que todos fossem levados pra um hotel e submetidos a exames nasal e anal, além de coleta de sangue.
A técnica não é unanimidade nem entre os oficiais chineses. "Não entendo porque Pequim está fazendo testes anais. Não é como checar a garganta. Você precisa de um lugar específico e o risco de transmissão por essa região é muito pequeno", disse Jiang Oingwu, professor de Epidemiologia da Escola de Saúde Pública da Universidade Fudan, em Xangai.
Não se trata de uma política nacional. A nova técnica está sendo usada principalmente no norte do país e na capital Pequim. O governo chinês faz muita pressão sobre as autoridades locais pra que novos casos sejam localizados e contidos o mais rapidamente possível.
Desde a semana passada, a capital adotou o sistema "14+7+7" para quarentena. Todos os que chegam a Pequim de fora do país tem que ficar 14 isolados em um hotel, depois mais 7 dias em casa ou ainda no hotel, em caso de não residentes. Os últimos 7 dias são de monitoramento constante da saúde. Só depois desse período de 28 dias, são permitidas atividades em grupo. Desobediência pode resultar em prisão.
A China tem uma das políticas de confinamento mais rígidas do planeta. O regime autoritário não deixa espaço para questionamentos de suas ordens. Isolamento e testes são obrigatórios, independentemente de qual região do corpo forem realizados.
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