Vacina contra o coronavírus chega ao Reino Unido
Chegada do imunizante impõe dificuldades logísticas e alimenta competição com a União Europeia
![Vacina contra o coronavírus chega ao Reino Unido](/_next/image?url=https%3A%2F%2Fsbt-news-assets-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com%2FFoto_Pixabay_8d29660a6d.jpg&w=1920&q=90)
Publicidade
O primeiro lote de vacinas da Pfizer/BioNTech cruzou o Canal da Mancha a bordo de um caminhão para cargas especiais e chegou à Inglaterra no início da noite desta 5ª feira (3.dez). Parte das primeiras 800 mil doses veio de uma unidade da alemã BioNTech na Bélgica.
Depois da euforia do anúncio, que colocou os britânicos entre as primeiras nações do mundo a autorizar o uso de um imunizante contra a covid-19, veio a ressaca da realidade e das dúvidas. O país ultrapassou hoje a marca das 60 mil mortes e vai enfrentar agora uma fase que ainda tem muitas perguntas sem resposta.
A primeira delas é como será a logística para uma vacina que precisa ficar armazenada a -70º C e que pode perder a validade depois de cinco horas na geladeira comum. Trata-se de uma operação inédita. O governo britânico admitiu que a lista de prioridades terá que ser flexível e poderá não mais começar com os lares de idosos, como havia sido anunciado ontem pelo comitê de vacinação do país.
Os hospitais já tem uma estrutura para manter a vacina a temperaturas baixas. Por isso, as primeiras doses deverão ser aplicadas em trabalhadores do setor de saúde e pacientes.
Além disso, ainda não se sabe ao certo quanto tempo vai durar a proteção oferecida pela vacina e se, além de impedir a doença, ela protege também da contaminação pelo vírus e, neste caso, da transmissão a outra pessoa. Isso pode ser um problema até que a maioria da população esteja imunizada.
O Reino Unido foi mais rápido que a União Européia, onde está a alemã BioNTech, e que os Estados Unidos, onde fica a sede da Pfizer, na liberação da vacina. Foi o assunto de hoje em um dos mais ouvidos programas de rádio do país, que ouviu o ministro da Educação britânico.
"Nossa agência reguladora é melhor que a dos franceses, dos belgas e dos americanos. Isso não me deixa surpreso porque somos um país muito melhor do que todos esses", disse Gavin Williamson ao jornalista Nick Ferrari, da rádio LBC.
A resposta da União Européia veio horas depois. "Estamos convencidos de que os reguladores britânicos são muito bons. Mas isso não é uma competição de futebol. Estamos falando da saúde e da vida das pessoas", disse o porta-voz da Comissão Européia, Eric Manner. Ontem, a UE havia criticado a pressa do governo britânico.
As provocações acontecem no momento em que as negociações sobre a futura relação do Reino Unido com o bloco europeu chegam a um ponto crucial e não dão sinal de avanços. O período de transição do Brexit termina em 31 de dezembro.
Depois da euforia do anúncio, que colocou os britânicos entre as primeiras nações do mundo a autorizar o uso de um imunizante contra a covid-19, veio a ressaca da realidade e das dúvidas. O país ultrapassou hoje a marca das 60 mil mortes e vai enfrentar agora uma fase que ainda tem muitas perguntas sem resposta.
A primeira delas é como será a logística para uma vacina que precisa ficar armazenada a -70º C e que pode perder a validade depois de cinco horas na geladeira comum. Trata-se de uma operação inédita. O governo britânico admitiu que a lista de prioridades terá que ser flexível e poderá não mais começar com os lares de idosos, como havia sido anunciado ontem pelo comitê de vacinação do país.
Os hospitais já tem uma estrutura para manter a vacina a temperaturas baixas. Por isso, as primeiras doses deverão ser aplicadas em trabalhadores do setor de saúde e pacientes.
Além disso, ainda não se sabe ao certo quanto tempo vai durar a proteção oferecida pela vacina e se, além de impedir a doença, ela protege também da contaminação pelo vírus e, neste caso, da transmissão a outra pessoa. Isso pode ser um problema até que a maioria da população esteja imunizada.
SOMOS MELHORES QUE ELES
O Reino Unido foi mais rápido que a União Européia, onde está a alemã BioNTech, e que os Estados Unidos, onde fica a sede da Pfizer, na liberação da vacina. Foi o assunto de hoje em um dos mais ouvidos programas de rádio do país, que ouviu o ministro da Educação britânico.
"Nossa agência reguladora é melhor que a dos franceses, dos belgas e dos americanos. Isso não me deixa surpreso porque somos um país muito melhor do que todos esses", disse Gavin Williamson ao jornalista Nick Ferrari, da rádio LBC.
A resposta da União Européia veio horas depois. "Estamos convencidos de que os reguladores britânicos são muito bons. Mas isso não é uma competição de futebol. Estamos falando da saúde e da vida das pessoas", disse o porta-voz da Comissão Européia, Eric Manner. Ontem, a UE havia criticado a pressa do governo britânico.
As provocações acontecem no momento em que as negociações sobre a futura relação do Reino Unido com o bloco europeu chegam a um ponto crucial e não dão sinal de avanços. O período de transição do Brexit termina em 31 de dezembro.
Publicidade