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Washington se prepara para dias que podem ser turbulentos  

A poucas horas para a eleição nos Estados Unidos, a capital Washington tem quarteirões inteiros de comércios protegidos com madeira

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Washington DC - divulgação
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Comércio protegido com madeira em Washington/Patrícia Vasconcellos

Washington DC
  - As ruas no entorno da Casa Branca lembram as de Manhattan no começo de junho durante os protestos contra o racismo e a violência policial. Na frente das fachadas de vidro, tapumes de madeira. Em uma esquina, dois homens trabalhavam cortando o material que iria proteger a loja. Os empresários daqui esperam dias turbulentos. No domingo (1.nov) não houve protestos grandes na capital americana. A chuva fina deixou Washington DC praticamente deserta e os gritos de "fora Trump" foram ouvidos apenas de pessoas isoladas que eram observadas pelos homens do Serviço Secreto americano. Com ruas bloqueadas pela polícia, o único local de onde é possível ver a construção sede do governo federal, um tapume branco em frente à grade compõe o cenário. A foto da família foi assim: de máscara e com a barreira branca ao fundo


Sandra Leon e a filha/Patrícia Vasconcellos

Sandra Leon é do México e vive na Califórnia há vinte anos. A filha tem o mesmo nome da mãe, Sandra, nasceu nos Estados Unidos e este ano completou dezenove anos. As duas irão votar em Donald Trump. "Acho que ele fez um bom trabalho" me disse a mexicana que ganhou a cidadania daqui. Sobre a barreira branca que impede a visão da Casa Branca ela me disse: "em duas décadas morando aqui, é minha primeira vez em Washington. Esperava poder ver melhor mas tudo bem". A barreira que faz fronteira com seu país de origem não foi tocada na entrevista. A filha conversou em inglês. Disse que também deseja mais quatro anos da administração Trump. Ao lado delas, a peruana Susan, advogada, carregava um cartaz com os dizeres: "mães pela América. Verdade, família, vida, liberdade". Susan afirmou que Trump é demonizado e criticado pela postura em relação à pandemia. "O novo coronavírus é como a gripe que também mata muita gente" disse a peruana que vive nos Estados Unidos há quinze anos. Ela afirma que Trump melhorou a economia do país e pode fazer mais se ganhar.



Mães pela América. Verdade, família, vida, liberdade/Patrícia Vasconcellos

Não longe dali, cartazes contrários à Trump eram vistos próximos à rua batizada de "Vidas negras importam", expressão que identifica o movimento contra o racismo e a violência policial. Um clima de tensão a poucas horas da eleição considerada a mais importante da história recente dos Estados Unidos. Joe Biden e Donald Trump fazem campanha em estados ainda empatados tecnicamente. Biden viaja nesta segunda-feira, 2 de novembro, à Pensilvânia e Ohio. Donald Trump segue em um ritmo frenético e tem mais cinco comícios agendados em um dia. Nesta segunda (2.nov) o presidente americano que tenta a reeleição dormiu na Flórida onde fez comícios no domingo e visita no dia anterior às eleições a Carolina do Norte, a Pensilvânia, a cidade de Kenosha em Wisconsin que viveu grandes protestos recentes contra o racismo e no fim do dia vai à Michigan.

Os eventos de Trump agora levam o nome de "Comícios da Vitória, faça a América ótima de novo". Biden conta com o apoio de Barack Obama que viaja e discursa em favor dos democratas. Obama, nesta segunda (2.nov) vai à Atlanta, Georgia e Miami. Entre os artistas, Stevie Wonder foi presença em um comício no domingo a favor de Joe Biden. O cantor disse em Michigan: "Esta é a eleição mais importante de toda a minha vida. Saiam e votem".

O SBT News terá cobertura especial das eleições americanas:
 
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