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EUA: a cinco dias das eleições, novos protestos estão em segundo plano

As manifestações na Filadélfia diminuíram depois da chegada da Guarda Nacional e a repercussão nacional foi mínima se comparada a maio

EUA: a cinco dias das eleições, novos protestos estão em segundo plano
Vidro quebrado do Starbucks no Brooklyn. Foto: Patrícia Vasconcellos
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Nova York ? A famosa rede de cafés teve o vidro estilhaçado a noite. Pela manhã, um funcionário terminou de quebrar o que ainda estava de pé espalhando cacos por todo o passeio. A poucos metros dali, um banco já estava protegido com tapumes de madeira. Do outro lado da calçada, um homem tirava pedaços ainda pregados nas partes de metal do banco. Chovia.

O cenário descrito acima é do Brooklyn, lugar que voltou a receber manifestações mais intensas contra o racismo e a violência policial depois da morte de Walter Wallace Junior, na Filadélfia, em 26 de outubro. O rapaz de 27 anos foi morto com vários tiros, na frente da mãe. A família de Wallace afirma que o americano tinha um histórico de distúrbios mentais e que por isso corria pelas ruas segurando uma faca. A imagem de toda a ação viralizou na internet e desde então a Filadélfia vive momentos que lembram maio, quando George Floyd foi morto asfixiado por um policial. Desde 4ª feira (28.out) a Guarda Nacional está nas ruas. Os confrontos de lá ganharam repercussão nas redes sociais mas pouco se viu do que passou ali nos jornais americanos. As TVs retrataram o caso, mas com uma repercussão infinitamente menor do que o caso George Floyd.

O foco de Donald Trump e Joe Biden também parece ser outro. Os candidatos estiveram nesta 5ª feira (29) em Tampa na Flórida, estado considerado decisivo nas eleições por ter o terceiro maior número de delegados junto com Nova York.

Por aqui, os novaiorquinos podem votar antecipadamente até 1º de novembro. "Acho importante vir presencialmente porque tenho receio que Trump questione na Suprema Corte a validade do voto por correspondência", me disse a designer gráfica Helena, que estava na fila há uma hora e meia. Ali, todos os entrevistados disseram voluntariamente que são democratas. É a tendência na cidade que espalha pelas ruas algumas provocações.

Em frente ao edifício, uma caixa de papelão chamou a atenção. Nela, havia escrito: "Free! Dump Trump". Free é livre. Dump, jogar fora o que não mais é necessário. Dentro do local havia máscaras que podiam ser pegas gratuitamente. Uma foi retirada. Ao correr para pegar o celular e registrar a foto abaixo, minutos depois, a caixa já estava vazia. Por sorte, uma máscara já estava na mão. Ela dizia: ?A América não está ótima agora", uma frase que faz um trocadilho com o slogan da campanha republicana "Make America great again".




Crescimento da economia norte-americana


Nesta quinta-feira (29) o Departamento de Comércio dos Estados Unidos informou que o Produto Interno Bruto subiu 33% no primeiro trimestre, depois que o governo injetou 3 trilhões de dólares para ajuda emergencial por conta da pandemia. 
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