Porta-voz da OMS diz que políticos têm "mundo próprio" e defende ciência
Em entrevista ao SBT News, Margaret Harris diz que estudo que constatou pouco efeito de antivirais na covid-19 tem evidências sólidas
Publicidade
A porta-voz da Organização Mundial da Saúde, Margaret Harris, disse hoje que "os políticos têm seu próprio mundo e nós da OMS ficamos com a ciência. E por isso que enfatizamos as evidências".
Em entrevista exclusiva ao SBT News, Harris classificou como "robustas" as evidências do estudo sobre quatro medicamentos usados no tratamento de doentes com a covid-19. O levantamento do projeto Solidariedade da OMS revelou que a Hidroxicloroquina, o Interferon, a combinação Lopinavir/Ritonavir e o Remdesivir tem pouco ou nenhum efeito em pacientes hospitalizados.
O estudo é resultado de seis meses de trabalho em quase 500 hospitais de 30 países, inclusive o Brasil. Doze mil pacientes foram analisados. As evidências ainda vão passar por uma análise de cientistas independentes antes de serem publicados do New England Journal of Medicine, uma das principais publicações médicas do mundo.
"O mais importante é que essa experiência funciona. É resultado de uma solidariedade global", afirmou a porta-voz, referindo-se à rede de médicos e cientistas envolvidos nos experimentos. Outros medicamentos vão passar pela mesma bateria de testes.
Entre os remédios descartados pela OMS para o tratamento de pacientes com a covid-19, o Remdesivir era o que tinha mais sinais positivos em testes preliminares. O antiviral foi usado no tratamento do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em junho, os norte-americanos anunciaram a compra de todo o estoque do medicamento da fabricante Gilead, que também fica nos Estados Unidos. Um mês depois, foi a vez da União Européia anunciar um acordo de 63 milhões de Euros (R$ 416 milhões) com a farmacêutica para o fornecimento de 500 mil doses.
A Gilead questionou o resultado do levantamento da OMS, o maior já feito até hoje com os quatro medicamentos em pacientes com a covid-19. Em nota, a empresa afirmou que os dados parecem inconsistentes.
Em entrevista exclusiva ao SBT News, Harris classificou como "robustas" as evidências do estudo sobre quatro medicamentos usados no tratamento de doentes com a covid-19. O levantamento do projeto Solidariedade da OMS revelou que a Hidroxicloroquina, o Interferon, a combinação Lopinavir/Ritonavir e o Remdesivir tem pouco ou nenhum efeito em pacientes hospitalizados.
O estudo é resultado de seis meses de trabalho em quase 500 hospitais de 30 países, inclusive o Brasil. Doze mil pacientes foram analisados. As evidências ainda vão passar por uma análise de cientistas independentes antes de serem publicados do New England Journal of Medicine, uma das principais publicações médicas do mundo.
"O mais importante é que essa experiência funciona. É resultado de uma solidariedade global", afirmou a porta-voz, referindo-se à rede de médicos e cientistas envolvidos nos experimentos. Outros medicamentos vão passar pela mesma bateria de testes.
Entre os remédios descartados pela OMS para o tratamento de pacientes com a covid-19, o Remdesivir era o que tinha mais sinais positivos em testes preliminares. O antiviral foi usado no tratamento do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em junho, os norte-americanos anunciaram a compra de todo o estoque do medicamento da fabricante Gilead, que também fica nos Estados Unidos. Um mês depois, foi a vez da União Européia anunciar um acordo de 63 milhões de Euros (R$ 416 milhões) com a farmacêutica para o fornecimento de 500 mil doses.
A Gilead questionou o resultado do levantamento da OMS, o maior já feito até hoje com os quatro medicamentos em pacientes com a covid-19. Em nota, a empresa afirmou que os dados parecem inconsistentes.
Publicidade