Oposição e cientistas defendem lockdown programado no Reino Unido
Com uma saída alternativa, o governo britânico vai manter abertos restaurantes, comércio e escolas
![Oposição e cientistas defendem lockdown programado no Reino Unido](/_next/image?url=https%3A%2F%2Fsbt-news-assets-prod.s3.sa-east-1.amazonaws.com%2Fimagem_geral_londres_com_big_ben_f52647ea52.jpg&w=1920&q=90)
Publicidade
Um dia antes de entrarem em vigor, as medidas anunciadas pelo primeiro-ministro Boris Johnson já são consideradas insuficientes pela oposição e pelos cientistas que assessoram o governo. Hoje, o líder da oposição, Keir Starmer, defendeu a adoção do "circuit breaker", um lockdown programado, que duraria entre duas e três semanas, pra diminuir a circulação do vírus.
O Grupo de consultores científicos para situações de emergência (Sage, na sigla em inglês) tinha feito a mesma recomendação no dia 21 de setembro. Caso contrário, segundo o documento tornado público esta semana, o país pode enfrentar "uma grande epidemia com consequências catastróficas".
Boris Johnson optou por uma saída alternativa, também defendida pela equipe econômica do governo. A Inglaterra será dividida em três níveis de alerta, médio, alto e muito alto. Mesmo neste último, restaurantes, comércio, escolas e universidades continuarão abertos.
"Você sabe que essas restrições não são suficientes. Você sabe que o "circuit breaker" é necessário pra ter o vírus sob controle. Você não pode voltar ao Parlamento toda semana com um plano que não vai funcionar", disse Keir Starmer ao primeiro-ministro, em pronunciamento na TV. O líder trabalhista disse que o governo deveria dar suporte necessário às empresas que tiverem que fechar as portas durante o lockdown temporário.
Em artigo publicado hoje no jornal The Guardian, Stephen Reicher, professor da Universidade St. Andrews e consultor dos governos escocês e britânico, disse que a decisão de Boris Johnson de ignorar o que os cientistas disseram deixou o Reino Unido "no pior dos mundos". "Nós estamos em um limbo, onde a pandemia resiste e causa mais danos, nos deixando sem esperança e rezando por uma vacina. A política do governo de lockdowns locais vai ser um transtorno maior em nossas vidas, não vai deixar o vírus sob controle e ainda vai prejudicar a economia".
Os números conhecidos até agora dão munição aos críticos. O número de casos do novo coronavírus aumentou em 19 das 20 áreas da Inglaterra onde restrições parciais foram adotadas. O Reino Unido registrou 268 contaminados pra cada 100 mil habitantes nas duas últimas semanas. É o sexto maior índice entre os 31 países monitorados pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças da União Européia. Em agosto, os britânicos tinham um dos cinco melhores índices.
O Grupo de consultores científicos para situações de emergência (Sage, na sigla em inglês) tinha feito a mesma recomendação no dia 21 de setembro. Caso contrário, segundo o documento tornado público esta semana, o país pode enfrentar "uma grande epidemia com consequências catastróficas".
Boris Johnson optou por uma saída alternativa, também defendida pela equipe econômica do governo. A Inglaterra será dividida em três níveis de alerta, médio, alto e muito alto. Mesmo neste último, restaurantes, comércio, escolas e universidades continuarão abertos.
"Você sabe que essas restrições não são suficientes. Você sabe que o "circuit breaker" é necessário pra ter o vírus sob controle. Você não pode voltar ao Parlamento toda semana com um plano que não vai funcionar", disse Keir Starmer ao primeiro-ministro, em pronunciamento na TV. O líder trabalhista disse que o governo deveria dar suporte necessário às empresas que tiverem que fechar as portas durante o lockdown temporário.
Em artigo publicado hoje no jornal The Guardian, Stephen Reicher, professor da Universidade St. Andrews e consultor dos governos escocês e britânico, disse que a decisão de Boris Johnson de ignorar o que os cientistas disseram deixou o Reino Unido "no pior dos mundos". "Nós estamos em um limbo, onde a pandemia resiste e causa mais danos, nos deixando sem esperança e rezando por uma vacina. A política do governo de lockdowns locais vai ser um transtorno maior em nossas vidas, não vai deixar o vírus sob controle e ainda vai prejudicar a economia".
Os números conhecidos até agora dão munição aos críticos. O número de casos do novo coronavírus aumentou em 19 das 20 áreas da Inglaterra onde restrições parciais foram adotadas. O Reino Unido registrou 268 contaminados pra cada 100 mil habitantes nas duas últimas semanas. É o sexto maior índice entre os 31 países monitorados pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças da União Européia. Em agosto, os britânicos tinham um dos cinco melhores índices.
República Tcheca fecha escolas, bares e restaurantes
Com 521 casos positivos acumulados nas duas últimas semanas pra cada 100 mil habitantes, a República Theca tem hoje os piores índices da Europa. Começaram a valer hoje as novas restrições impostas ao país. Teatros, escolas, museus, bares e restaurantes ficarão fechados até o dia 3 de novembro.Paris pode ficar sem leitos de UTI
Com o quinto pior índice da Europa nas últimas duas semanas (299,7 contaminados pra cada 100 mil habitantes), a França já tem nove cidades em estado de alerta máximo. A situação é pior em Paris, onde 42% dos leitos de UTI já estão tomados por pacientes com a Covid-19. Segundo o governo francês, até a semana que vem, o índice de ocupação pode chegar a 90%.China testa nove milhões
Doze casos foram suficientes pra que o governo chinês montasse uma operação de guerra na cidade de Qingdao. Apenas seis foram transmissões locais, as primeiras registradas no país em 56 dias. O plano das autoridades é testar toda a população da cidade até o fim de semana. O mutirão começou no sábado e já testou 3 milhões de pessoas, sem nenhum diagnóstico positivo.Publicidade