Mundo
Novas restrições vão dividir a Inglaterra em três níveis de alerta
País enfrenta uma nova alta no número de casos da covid-19
Sérgio Utsch
• Atualizado em
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A segunda onda da covid-19 vai fazer a Inglaterra adotar a partir de 4ª feira (14.out) três níveis de alerta - médio, alto e muito alto - que vão impor restrições diferentes a cada região, dependendo do índice de infecções e a situação na rede hospitalar local.
No nível médio, em que Londres está incluída, continua valendo a "regra dos seis" - número máximo de pessoas permitido em encontros públicos e privados. Bares e restaurantes também continuarão fechando às 10 da noite. No nível alto, será proibido o encontro entre pessoas que moram em endereços diferentes. Já no nível de alerta muito alto, pubs, bares, academias, centros de esporte, cassinos e casas de aposta serão fechados por pelo menos duas semanas.
Ao anunciar novas regras, o primeiro-ministro Boris Johnson tenta diminuir as críticas sobre as políticas do governo, consideradas confusas pela oposição e até por setores do Partido Conservador. "Nós queremos criar o máximo consenso possível onde as restrições serão mais severas. Vamos trabalhar com os governos locais e poderemos ter mais restrições", disse o premiê, na tarde desta 2ª feira (12.out), na sessão do parlamento em que apresentou as novas regras.
Ao contrário do lockdown imposto a todo o país em 23 de março, restaurantes, comércio, escolas e universidades poderão continuar abertos. Hoje, o Ministério da Educação britânico confirmou que há 9 mil estudantes infectados no país. Há grupos com potencial de espalhar o vírus em pelo menos 68 universidades. O Reino Unido tem 2 milhões de estudantes universitários.
Se as novas regras prometem ser mais objetivas, faltou ao primeiro-ministro explicar qual o critério o governo vai adotar para incluir uma região em cada nível de alerta. Andy Street, prefeito de Midlands Ocidentais, condado que inclui Birmingham, a segunda maior cidade do país, foi um dos primeiros a se manifestar. Nas redes sociais, ele disse estar "muito desapontado" de ver sua região no nível alto de alerta, o mesmo que Manchester. Midlands tem hoje 123 contra 500 casos por 100 mil habitantes em Manchester.
Andy Street é uma das vozes mais proeminentes do Partido Conservador no norte da Inglaterra, região onde o partido rompeu a chamada "Muralha Vermelha", distritos que eram comandados havia décadas pelos Trabalhistas e foram vencidos pelos Conservadores nas últimas eleições gerais, em dezembro do ano passado.
O governo britânico também anunciou um novo pacote de medidas econômicas para os setores que serão diretamente afetados pelas novas regras. Negócios que forem obrigados a fechar vão ganhar até 3 mil Libras (R$21,6 mil) em fundos públicos. Outros 1,3 bilhão de Libras (R$ 9,4 bi) serão repassados para os governos da Escócia, Gales e Irlanda do Norte, que tem autonomia pra determinar suas próprias políticas de contenção do vírus.
Nas duas últimas semanas, o Reino Unido passou a ser um dos seis países europeus com mais casos da covid-19. Hoje, os hospitais ingleses já têm mais internações por causa do novo coronavírus do que tinham em 23 de março, quando o país entrou em lockdown. Três hospitais de campanha já estão sendo preparados para absorver os pacientes que a rede hospitalar não conseguir atender.
No nível médio, em que Londres está incluída, continua valendo a "regra dos seis" - número máximo de pessoas permitido em encontros públicos e privados. Bares e restaurantes também continuarão fechando às 10 da noite. No nível alto, será proibido o encontro entre pessoas que moram em endereços diferentes. Já no nível de alerta muito alto, pubs, bares, academias, centros de esporte, cassinos e casas de aposta serão fechados por pelo menos duas semanas.
Ao anunciar novas regras, o primeiro-ministro Boris Johnson tenta diminuir as críticas sobre as políticas do governo, consideradas confusas pela oposição e até por setores do Partido Conservador. "Nós queremos criar o máximo consenso possível onde as restrições serão mais severas. Vamos trabalhar com os governos locais e poderemos ter mais restrições", disse o premiê, na tarde desta 2ª feira (12.out), na sessão do parlamento em que apresentou as novas regras.
Ao contrário do lockdown imposto a todo o país em 23 de março, restaurantes, comércio, escolas e universidades poderão continuar abertos. Hoje, o Ministério da Educação britânico confirmou que há 9 mil estudantes infectados no país. Há grupos com potencial de espalhar o vírus em pelo menos 68 universidades. O Reino Unido tem 2 milhões de estudantes universitários.
Se as novas regras prometem ser mais objetivas, faltou ao primeiro-ministro explicar qual o critério o governo vai adotar para incluir uma região em cada nível de alerta. Andy Street, prefeito de Midlands Ocidentais, condado que inclui Birmingham, a segunda maior cidade do país, foi um dos primeiros a se manifestar. Nas redes sociais, ele disse estar "muito desapontado" de ver sua região no nível alto de alerta, o mesmo que Manchester. Midlands tem hoje 123 contra 500 casos por 100 mil habitantes em Manchester.
Andy Street é uma das vozes mais proeminentes do Partido Conservador no norte da Inglaterra, região onde o partido rompeu a chamada "Muralha Vermelha", distritos que eram comandados havia décadas pelos Trabalhistas e foram vencidos pelos Conservadores nas últimas eleições gerais, em dezembro do ano passado.
O governo britânico também anunciou um novo pacote de medidas econômicas para os setores que serão diretamente afetados pelas novas regras. Negócios que forem obrigados a fechar vão ganhar até 3 mil Libras (R$21,6 mil) em fundos públicos. Outros 1,3 bilhão de Libras (R$ 9,4 bi) serão repassados para os governos da Escócia, Gales e Irlanda do Norte, que tem autonomia pra determinar suas próprias políticas de contenção do vírus.
Nas duas últimas semanas, o Reino Unido passou a ser um dos seis países europeus com mais casos da covid-19. Hoje, os hospitais ingleses já têm mais internações por causa do novo coronavírus do que tinham em 23 de março, quando o país entrou em lockdown. Três hospitais de campanha já estão sendo preparados para absorver os pacientes que a rede hospitalar não conseguir atender.
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