TRE-PR nega pedido do PT para barrar mudança de domicílio eleitoral de Rosangela Moro
Partido dos Trabalhadores alegava que deputada havia cometido fraude à representatividade do eleitorado paulista
Guilherme Resck
O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) decidiu pela improcedência, nesta quarta-feira (26), de uma ação que pedia o indeferimento da solicitação de transferência do domicílio eleitoral da deputada federal Rosangela Moro (União-SP) para Curitiba. A decisão foi unânime.
A ação foi movida pelo Partido dos Trabalhadores (PT). A sigla alegava que, como a parlamentar foi eleita por São Paulo em 2022, mas transferiu o título de eleitor de volta para o Paraná em março de 2024, havia cometido fraude à representatividade do eleitorado paulista.
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O relator da ação, desembargador eleitoral Guilherme Frederico Hernandes Denz, negou provimento no mérito. Ele foi acompanhado pelos outros membros do plenário. Cabe recurso da decisão ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Após o julgamento, o TRE-PR informou à reportagem, num primeiro momento, que na ação o PT pedia a cassação do mandato de Rosangela Moro pela suposta fraude à representatividade, mas depois o tribunal retificou e disse que o pedido era pelo indeferimento do requerimento de transferência do domicílio eleitoral.
Rosangela Moro comentou a decisão do julgamento no X (antigo Twitter). "Agora faz sentido. Os psicotrópicos do Planalto já estavam sendo usados há tempos pelo PT lá no Paraná. Nunca desistem de invencionices jurídicas para ocupar o tempo da Justiça, que tem mais o que fazer. Chega de choro! Vamos às urnas. É assim que se faz!", escreveu.
Ela foi eleita com 217.170 votos em 2022. A parlamentar é casada com o senador Sergio Moro (União), eleito com 1.953.188 votos pelo Paraná naquele ano. Ele também comentou pelo X a decisão do TRE-PR desta quarta. "Perdeu, PT", escreveu.