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Preso injustamente no Rio se manifesta após decisão de indenização: "Recomeçar minha vida"

Pedido de indenização havia sido negado em dezembro do ano passado; Ângelo Gustavo Pereira Nobre passou 363 dias preso

Preso injustamente no Rio se manifesta após decisão de indenização: "Recomeçar minha vida"
"Vencemos na Justiça pela segunda vez", escreveu o produtor nas redes sociais | Reprodução/Redes sociais
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O produtor cultural Ângelo Gustavo Pereira Nobre, que foi preso injustamente em 2020, acusado de ter participado do roubo de um carro, se manifestou nas redes sociais após o desembargador Marco Antonio Ibrahim, do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), condenar o Estado a indenizar por danos morais ele e sua mãe, Elcy Leopoldina Pereira. O valor da indenização é de R$ 400 mil.

"Vencemos na Justiça pela segunda vez. A decisão é importante para todas as pessoas. Muitas com casos semelhantes, mas que não têm força para sozinhas lutarem contra o sistema. Essa é vitória é para os meus. Vencemos mais uma batalha. Deus é justo. Só eu sei o que passei. Nunca me vitimizei", escreveu o produtor.

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"Esse dinheiro não vai me deixar rico, mas, verdadeiramente, posso recomeçar minha vida", destacou.

Ele também citou a possibilidade de ter o pedido de indenização negado mais uma vez: "Sei que poderíamos perder... eu ia seguir em frente mesmo assim. Cabeça erguida e lutar pelos meus sonhos. Fazendo o certo como fui criado para fazer. Dedico essa vitória a todas as pessoas pretas presas injustamente."

No final de 2023, o pedido de indenização protocolado pela defesa de Ângelo Gustavo havia sido negado pela 4ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.

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Relembre caso

Suspeito de participado do roubo de um carro no Catete, na zona sul, em outubro de 2014, o produtor foi preso em setembro de 2020. No dia do crime, ele estava na missa de sétimo dia de um amigo e também se recuperava de uma cirurgia feita dois meses antes, quando foi diagnosticado com pneumotórax espontânea.

Ângelo Gustavo foi reconhecido pela vítima do crime por meio de uma foto nas redes sociais. Após a família e a Comissão de Direitos da OAB mostrarem provas dos erros da investigação, o caso ganhou grande repercussão.

Artistas como Caetano Veloso, L7nnon, Thiaguinho, Preta Gil, Babu Santana, Djonga e Rafael Zulu chegaram a participar da campanha pela liberdade de produtor.

Ele foi solto 363 dias após a prisão, no dia 31 de agosto de 2021. Em maio de 2022, o rapaz recebeu na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) a Medalha Tiradentes, maior honraria entregue pelo poder legislativo do Rio de Janeiro.

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