Defesa pede e julgamento de motorista que atropelou e matou ciclista em SP deve ser adiado
Ministério Público concordou com o pedido; réu apresentou atestado médico após pegar dengue
Gudryan Neufert
A defesa de José Maria da Costa Júnior, 34 anos, acusado de atropelar e matar a cicloativista Marina Harkot em São Paulo, em 2020, pediu o adiamento do julgamento. De acordo com os advogados do réu, ele está com dengue e tem um atestado médico de repouso por seis dias.
O Ministério Público já concordou com o pedido.
José Maria foi denunciado por homicídio doloso, quando se assume o risco de matar, e a juíza Jéssica de Paula Costa Marcelino entendeu que ele deveria ser levado a júri popular, pois havia sim indícios de crime doloso, já que o motorista estava em alta velocidade em uma via de tráfego intenso de veículos quando atropelou a ciclista e fugiu logo em seguida.
O empresário também é acusado de dirigir alcoolizado e fugir do local do acidente sem prestar socorro à vítima. O motorista alegou ter entrado em pânico por achar que se tratava de um assalto.
A família acredita não se tratar de um acidente mas sim assassinato porque ele não prestou socorro. Imagens de circuito de segurança mostram o acusado, depois do atropelamento, em um elevador sorrindo e conversando com uma mulher. Marina era acadêmica e tinha 28 anos quando foi atropelada e morta.