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Familiares de ciclista morta fazem manifestação em São Paulo

Eles protestam contra o recurso do motorista, que alega na Justiça que não teve intenção de matar

Familiares de ciclista morta fazem manifestação em São Paulo
ciclista marina kohler harkot
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Familiares e amigos da ciclista Marina Kohler Harkot, que morreu após ser atropelada, em novembro de 2020, em São Paulo, farão uma manifestação em frente ao Tribunal de Justiça da capital paulista na manhã desta 4ª feira (14.dez).

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Eles protestam contra o julgamento do recurso apresentado pelo réu, José Maria da Costa Junior, para não ir a júri popular. O motorista, que estava embriagado e em alta velocidade quando atropelou a ciclista, alega que não houve dolo.

"Faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para que o motorista que causou a morte de Marina não saia do julgamento impune, como em tantos outros casos semelhantes", afirmou o pai da vítima, Paulo Harkot.

José Maria foi denunciado pelo Ministério Público por homicídio doloso, quando se assume o risco de matar, e a juíza Jéssica de Paula Costa Marcelino entendeu que ele deveria ser levado a júri popular, pois havia sim indícios de crime doloso, já que o motorista estava em alta velocidade em uma via de tráfego intenso de veículos quando atropelou a ciclista e fugiu logo em seguida.

Marina Kohler Harkot, de 28 anos, fazia doutorado na USP. Sua dissertação era sobre bicicletas, mulheres e a cidade | Reprodução/Redes sociais

Após o atropelamento, a câmera de um elevador registrou José Maria conversando e rindo. Ainda de acordo com a juíza, a alegação do réu de que não percebeu que havia atropelado Marina não se sustenta, já que ele tentou ocultar seu carro em um estacionamento e se escondeu na residência de uma amiga logo após o crime.

O julgamento do recurso de José Maria será realizado às 09h30 desta 4ª, pela 11ª Câmara de Direito Criminal, em sessão telepresencial. Ele responde em liberdade pelo atropelamento.

Pedale como Marina

Familiares, ativistas, pesquisadores e amigos de Marina Kohler Harkot lançaram, em novembro deste ano, o movimento Pedale como Marina. Ele é definido como "um instituto com a missão de manter e difundir o legado, pensamento e ações de Marina e divulgar estudos, dados e ações para colocar em pauta a violência do trânsito da cidade de São Paulo e de outros locais do Brasil".

Movimento Pedale como Marina luta para defender legado de ciclista morta | Divulgação

A iniciativa foi lançada dois anos depois que Marina foi atropelada e morta por um motorista embriagado. A demora do processo judicial, a sensação de impunidade e a percepção de que existem muitos casos similares espalhados pelo país, mobilizou o grupo.

"Queremos que o exemplo de Marina e de tantas outras pessoas inspire a uma vida mais saudável, menos centrada na cultura do automóvel, da velocidade e, consequentemente, na mutilação e morte de pedestres, ciclistas, motociclistas, passageiros e, inclusive, motoristas de veículos, algozes e vítimas ao mesmo tempo" afirma o instituto.

Relembre o caso

Marina Kohler Harkot, de 28 anos, morreu após ser atropelada por um motorista em alta velocidade, na madrugada de 8 de novembro de 2020, na zona oeste de São Paulo. 

Marina, que fazia doutorado na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo e estudava o uso de bicicletas por mulheres na cidade, pedalava quando foi atropelada por José Maria da Costa Junior, de 34 anos, que dirigia bêbado um Hyundai Tucson.

Ele fugiu do local do acidente e, pouco depois, foi flagrado pela câmera de segurança de um elevador conversando e rindo com uma mulher.
 

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