PDT insiste que atos do 8 de janeiro façam parte da ação contra Bolsonaro
Advogado do partido associou questionamento das urnas como contribuição para os ataques
Lis Cappi
O Partido Democrático Trabalhista (PDT) defende que os atos de 8 de janeiro façam parte da análise do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em julgamento que pode tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível em próximas eleições.
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Na defesa apresentada nesta 5ª feira (22.jun), o advogado da sigla que iniciou o pedido na Corte eleitoral associou os questionamentos ao sistema eleitoral como uma contribuição às ações golpistas contra os Três Poderes.
"Os fatos notórios dos últimos dias são redundantes. Impossível negar claridade dessa luz, e aí chegamos na importância da minuta do golpe [...] não é fato, é um documento nocivo, dos piores documentos de toda civilização constitucional no Brasil", defendeu Walber Agra.
No processo original ajuizado pelo PDT, o partido questionou a reunião com embaixadores, realizada em julho de 2022. Na apresentação, Agra também disse que o encontro deve ser análisado como "abuso público".
A defesa de Bolsonaro questiona a associação dos atos com atos de 8 de janeiro, e nega que as ações antidemocráticas tenham relação com o encontro entre embaixadores - são argumentados a diferença de tempo entre cada uma das duas ações e de que investigações para apurar a reunião com representantes internacionais já haviam sido iniciadas antes da invasão aos Poderes.