MPRJ denuncia policial penal que matou torcedor do Fluminense
Em reviravolta, denúncia aponta que crime aconteceu após uma discussão política
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou, nesta 3ª feira (11.abr), o policial penal Marcelo de Lima por homicídio triplamente qualificado. O agente baleou dois torcedores do Fluminense, em frente à pizzaria "Os Renatos", nas proximidades do Maracanã, em 1° de abril, matando um deles.
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De acordo com a denúncia do MP, o crime aconteceu após uma discussão política. Marcelo teria dito que "petista é igual flamenguista, tudo burro e ladrão", o que provocou a revolta de Thiago Leonel Fernandes da Motta e Bruno Tonini Moura. Após uma discussão, o policial penal disparou pelo menos nove vezes contra os dois amigos.
"Os crimes foram praticados por motivo torpe, em razão do inconformismo de Marcelo com as posições políticas expressadas pelas vítimas após suas declarações, com emprego de meio que resultou em perigo comum, uma vez que o denunciado atirou em via pública, com grande número de pessoas circulando e confraternizando em bares locais. Além disso, os crimes foram praticados mediante recurso que dificultou a defesa das vítimas, pegas desprevenidas pela ação inesperada do denunciado", afirma o documento enviado pelo MPRJ à Justiça.
A conclusão do Ministério Público é uma reviravolta no caso. Inicialmente, testemunhas teriam dito que o crime havia sido motivado por uma discussão por uma pizza brotinho. A dona do estabelecimento, em uma entrevista para o Uol, contestou essa versão.
"Não trabalhamos com pizza pronta, são pedidas e feitas na hora. Não pode ter briga por pizza porque a massa nunca acaba, sempre fazem mais. Não acaba assim em uma saída de jogo. Com certeza não foi por isso", disse ela.
Marcelo de Lima foi preso em flagrante e teve prisão preventiva decretada pela Justiça em audiência de custódia. Bruno Tonini segue internado na UTI do Hospital Badim, na zona norte do Rio de Janeiro.
*Texto atualizado na 4ª feira (12.abr), às 11h40
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