TCU decide hoje futuro das joias que estão com Bolsonaro
Ministros vão escolher entre Receita, PF e Presidência quem vai ficar resposável pelos itens de luxo
Está marcada para as 14h30 desta 4ª feira (15.mar) a sessão do Tribunal de Contas da União (TCU) que decidirá quem será responsável por guardar as joias doadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, pelo governo saudita. A decisão é referente apenas ao estojo que estaria com o ex-presidente e que contém um conjunto de joias da marca de luxo suiça Chopard. Entre os itens estão um relógio com pulseira em couro, uma caneta rosa gold, um par de abotoaduras e um rosário islâmico, avaliados em R$ 500 mil.
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Entre os prováveis destinos para as joias estão a Receita Federal, a Polícia Federal e a Presidência da República. Internamente, os ministros já entenderam que não caberia ao TCU guardar o material que deve ser incorporado ao patrimônio da União.
Na última 5ª feira (9.mar) um dos ministros do TCU, Augusto Nardes, decidiu que o ex-presidente não pode vender nenhum dos objetos, mas que poderia permanecer com eles até a decisão do colegiado, esperada para esta tarde.
Na 2ª feira (13.mar) a defesa do ex-presidente se ofereceu para antecipar a entrega das joias.
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Além do estojo, a equipe do ex-presidente tentou entrar com outro conjunto de joias, avaliado em R$ 16,5 milhões, também presenteadas pelo governo saudita, e que seriam um presente para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Elas foram apreendidas pela Receita Federal no aeroporto internacional de Guarulhos, em outubro de 2021. Desde então o ex-presidente fez oito tentativas de retirá-las, sem pagar impostos. A última foi dois dias antes de o mandato dele ser encerrado.