Justiça dá 72 horas para EBC e União explicarem live de Janja na TV Brasil
Ação de parlamentares do Movimento Brasil Livre questiona uso da estrutura do governo por primeira-dama
Gabriel de Sousa
A 25º Vara Cível da Justiça Federal de São Paulo determinar nesta 3ª feira (14.mar) que a União e a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) terão 72 horas para explicar a participação da primeira-dama, Rosângela da Silva, a "Janja", em uma live que foi transmitida no veículo público na véspera do Dia Internacional da Mulher.
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Na ocasião, Janja apresentou o programa "Papo de Respeito", transmitido pelo YouTube, com a participação da ministra Cida Gonçalves, das Mulheres, e da atriz Luana Xavier.
A decisão foi tomada pelo juiz federal Djalma Moreira Gomes, que estabeleceu que as partes devem ser ouvidas para garantir um "mínimo contraditório" antes da tomada de alguma decisão. A primeira-dama também consta como ré no processo, mas não foi intimada a prestar esclarecimentos.
No último dia 7 de março, a EBC produziu e transmitiu a live especial sobre o Dia Internacional da Mulher, que teve como foco a discussão dos direitos femininos e contou com a participação da primeira-dama e convidadas. Após a transmissão, tanto ela quanto o órgão passaram a ser criticados pelo envolvimento da TV Brasil em um conteúdo ligado diretamente às redes sociais de Janja.
O vereador de São Paulo, Robinho Nunes (União) protocolou uma ação popular que pedia a retirada do programa da EBC e a suspensão da participação de Janja nos conteúdos da TV pública. No documento elaborado pelo parlamentar, que está sendo analisado por Djalma Moreira Gomes, Robinho Nunes diz que:
"Durante toda a apresentação do programa, evidencia e enaltece os feitos do marido Presidente da República, tratando a programação da empresa pública como um boletim informativo das supostas bondades realizadas pelo atual mandatário do Poder Executivo Federal", afirma o político na ação popular.
