CNJ afasta juíza que fez publicações contra o STF nas redes sociais
Magistrada também é investigada por se recusar a voltar ao trabalho presencialmente
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu, nesta 3ª feira (14.fev), abrir duas investigações e afastar a juíza Ludmila Lins Grilo, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
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No primeiro processo, Ludmila é acusada de não cumprir com seus deveres, deixando de comparecer ao Fórum, mesmo tendo o teletrabalho negado pelo tribunal, negligenciando suas tarefas e deixando de fiscalizar o trabalho de seus subordinados.
Em sua defesa, a juíza afirmou que deixou de comparecer ao tribunal por conta de supostas ameaças contra sua vida, mas que teria mantido sua atuação virtualmente. Ela dispensou escolta policial alegando que não seria suficiente para sua proteção.
O corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, afirmou em seu voto que a decisão é injustificada, já que "vários magistrados sofrem ameaças pelo Brasil afora, inclusive ameaças ligadas à profissão (o que não é o caso da reclamante), mas certamente não é a ausência do trabalho a solução adotada".
A outra acusação contra Ludmila é por publicações nas redes sociais sobre questões político-partidárias, com críticas aos ministros de cortes superiores, como o STF, além de opiniões sobre decisões dos colegiados e processos em andamento.
Segundo relatório, foram analisadas entrevistas, postagens em redes sociais e participação em eventos que "ferem a ética e o decoro do cargo que a juíza exerce".
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