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Justiça

PF conclui que Bolsonaro atentou contra paz pública ao divulgar fake news

Corporação enviou ao STF relatório final de investigação

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Jair Bolsonaro (Isac Nóbrega/PR)
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O relatório final da investigação da Polícia Federal (PF) a respeito da disseminação de duas notícias inverídicas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) aponta que o chefe do Executivo federal atentou contra a paz pública ao dar a declaração associando a vacina contra a covid-19 à Aids. O documento, assinado pela delegada Lorena Lima Nascimento, foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF).

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Ainda no relatório, a PF diz que Bolsonaro incitou a prática de crime ao disseminar a desinformação de que vítimas da gripe espanhola morreram por causa de pneumonia causada por uso de máscara. As conclusões da investigação foram divulgadas nesta 4ª feira (28.dez) pelo jornal Folha de S.Paulo e confirmadas pelo SBT News.

O inquérito foi aberto em dezembro de 2021, e o relator no STF é o ministro Alexandre de Moraes. As duas desinformações (a da vacina e a da máscara) foram disseminadas por Bolsonaro em sua live semanal, em outubro retrasado. O vídeo chegou a ser removido do Facebook e do Instagram por trazer informações falsas.

De acordo com o relatório final da investigação, o presidente causou "verdadeiro potencial de provocar alarma junto aos expectadores, ao propagar a desinformação de que os 'totalmente vacinados contra a covid-19' estariam 'desenvolvendo a síndrome de imunodeficiência adquirida muito mais rápido que o previsto', e que essa informação teria sido extraída de 'relatórios do governo do Reino Unido'". Em outro trecho, a delegada diz que, ao trazer a desinformação sobre a máscara, Bolsonaro incutiu "na mente dos expectadores um verdadeiro desestímulo ao seu uso no combate à covid-19".

O documento aponta Mauro Cesar Barbosa Cid, ajudante de ordens do Gabinete Pessoal do Presidente da República, como o responsável por elaborar as duas desinformações disseminadas pelo chefe do Executivo federal e, dessa forma, imputa a ele os mesmos crimes atribuídos a Bolsonaro. Em fevereiro deste ano, Cid disse ao SBT News que era ele quem havia feito um relatório relacionando a vacinação contra a covid ao aumento das chances das pessoas desenvolverem Aids.

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