Traficante Celsinho da Vila Vintém é solto no Rio
Ele cumpria pena em Bangu e teve a liberdade concedida na 2ªfeira (17.out)

SBT News
O traficante Celso Luiz Rodrigues, conhecido como Celsinho da Vila Vintém, foi solto nesta 4ª feira (19.out). Ele cumpria pena no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, e, após decisão da Justiça, irá responder o processo em liberdade.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
Celsinho da Vila Vintém tem hoje 61 anos e uma longa ficha no mundo do crime. Ele foi preso em 2002 e condenado a 39 anos de prisão por roubo qualificado, tráfico de drogas e associação criminosa. Mas atualmente, segundo a justiça, só continuava preso por causa de uma condenação, em 2017, na qual ele era apontado como um dos mandantes da invasão da Rocinha.
No entanto, a sua participação foi colocada em dúvida depois que o delegado Antônio Ricardo Lima Nunes, titular da 11ª DP da Rocinha na época, foi alvo de busca e apreensão pelo Ministério Público do Estado do Rio durante investigação que faz parte da Operação Carta de Corso I e II e Águia na Cabeça, que prendeu o delegado Maurício Demétrio, ex-titular da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM), e depois o ex-secretário de Polícia Civil do estado Allan Turnowski, por envolvimento com o jogo do bicho e por organização criminosa.
Com a suposta ajuda de Antônio Ricardo Lima Nunes, o delegado Maurício Demétrio teria negociado a transferência de Celsinho para uma penitenciária de Catanduvas, no Paraná, em setembro de 2017, para beneficiar o bicheiro Fernando Iggnácio, morto em uma emboscada em 2020. Desde a década de 1990, Iggnácio controlava uma empresa que explorava caça-níqueis na Zona Oeste do Rio, onde fica a Vila Vintém.
Na última 3ª feira (11.out), a desembargadora Suimei Meira Cavalieri, da 3ª Câmara Criminal, já havia revogado a prisão, dando direito ao acusado de responder em liberdade, mas Celsinho permaneceu preso porque possuía outras pendências judiciais. Em decisão proferida na 2ª feira (17.out), o juiz da Vara de Execuções Penais, Marcello Rubioli, decidiu que o preso poderá recorrer em liberdade. "Não havendo pena privativa de liberdade a ser cumprida definitivamente, e, revogada a prisão preventiva mantida negando direito de recorrer em liberdade, não se suporta mais a enxovia no presente feito, importando na imediata expedição de alvará de soltura em beneplácito do reeducando", disse na decisão.