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Justiça

MPF denuncia três pessoas pelo assassinato de Bruno Pereira e Dom Phillips

Acusados responderão por duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver

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Desaparecidos por mais de 10 dias, Bruno e Dom foram mortos a tiros na região do Vale do Javari, no município de Atalaia do Norte | Reprodução
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O Ministério Público Federal informou, nesta 6ª feira (22.jul), que três pessoas foram denunciadas pelo assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips. Irão responder por duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como "Pelado", Oseney da Costa de Oliveira, o "Dos Dantos", e Jefferson da Silva Lima, apelidado de "Pelado da Dinha".

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A denúncia foi apresentada ao juízo da Subseção Judiciária Federal de Tabatinga, no Amazonas, onde o processo tramita. No documento, é explicado que Amarildo e Jefferson confessaram o crime, enquanto Oseney teve a participação comprovada por depoimentos de testemunhas. A denúncia traz ainda prints de conversas e cita os resultados de laudos periciais, com a análise dos corpos e objetos encontrados. 

Segundo o MPF, já havia registro de desentendimentos entre Bruno e Amarildo por pesca ilegal em território indígena. No entanto, o que motivou os assassinatos foi o fato do indigenista ter pedido para Dom fotografar o barco dos acusados, motivo considerado fútil pelos procurados e que pode agravar a pena. Ambos foram mortos a tiros, sem qualquer possibilidade de defesa, o que também qualifica o crime.

Na última semana, a esposa de Bruno, Beatriz Matos, foi ouvida por senadores da Comissão Temporária sobre a Criminalidade na Região Norte e pediu por mais rigor nas investigações dos assassinatos. Ela ressaltou ainda a importância do trabalho realizado pela União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) e de organizações não governamentais para garantir a segurança e proteção dos indígenas da área.

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Uma reportagem do SBT News também mostrou que a União e a Fundação Nacional do Índio (Funai) podem ser responsabilizadas pelos assassinatos de Bruno e Dom, uma vez que o risco de morte no Vale do Javari já havia sido alertado diversas vezes, nos últimos quatro anos, por autoridades e entidades civis.

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