Médico anestesista que estuprou grávida em hospital é denunciado pelo MP do Rio
Giovanni Quintella Bezerra foi preso em flagrante ao cometer ato em centro cirúrgico com mulher anestesiada
Cido Coelho
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) entregou na 6ªfeira (15.jul) para a 2ª Vara Criminal de São João de Meriti na Baixada Fluminense a denúncia contra o anestesista Giovanni Quintella Bezerra. Ele vai responder como réu pelo crime de estupro de vulnerável contra uma mulher que havia acabado de dar à luz no centro cirúrgico do Hospital da Mulher Heloneida Studart, cometido em 10 de julho.
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Segundo a denúncia, o crime foi cometido contra uma mulher grávida e com violação do dever inerente à profissão. Para preservar e resguardar a imagem da vítima foi decretado sigilo no processo.
Após desconfiar da postura do médico, a equipe de enfermagem deixou um celular escondido para poder registrar o flagrante. A chefia do hospital foi comunicada e levou a denúncia para a Polícia Civil, que fez a prisão do anestesista em flagrante.
O juiz Luís Gustavo Vasques destacou que a denúncia oferecida pelo Ministério Público atende os requisistos legais para o seu recebimento.
"A esse respeito, destaco que a denúncia contém a exposição dos fatos criminosos, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do acusado, a classificação do crime e o rol de testemunhas", escreveu.
Giovanni Bezerra está preso de forma preventiva desde a audiência de custódia realizada na última terça-feira (12.jul). Ele terá 10 dias para apresentar sua defesa.
Estupro no centro cirurgico
O crime foi denunciado por enfermeiros e técnicas da unidade de saúde que filmaram o momento em que o médico introduz o pênis na boca de uma paciente sedada enquanto participava do procedimento. A violência durou cerca de dez minutos e, no final da gravação, o anestesista ainda pega um lenço de papel para limpar os vestígios. De acordo com a polícia, Giovanni Quintella Bezerra já era alvo de desconfiança pela quantidade de sedativo que aplicava nas grávidas.
A equipe médica só conseguiu confirmar o crime na tarde de domingo (10.jul), após instalar uma câmera escondida em um compartimento fechado na sala de cirurgia.
Quintella Bezerra demonstrou surpresa e permaneceu em silêncio no momento da prisão, conduzida pela Delegacia de Atendimento à Mulher de São João de Meriti, que investiga o caso. Ele foi detido ainda no hospital.