Assassinato do menino Rafael Winques completa 2 anos neste domingo

Neste domingo (15.maio), faz dois anos que o menino Rafael Winques, de 11 anos, foi assassinado no interior do Rio Grande do Sul, um crime que comoveu o país. O julgamento de Alexandra Dougokenski, acusada de matar o próprio filho, foi suspenso em março deste ano após uma manobra dos advogados e ainda não foi remarcado. 

Naquele mês, o júri que poderia durar quatro dias, foi cancelado depois de apenas onze minutos. Os advogados de Alexandra Dougokenski abandonaram o plenário. Discordaram da juíza, que negou o pedido de perícia em um áudio encontrado no celular do pai do menino. 

De acordo com a defesa de Alexandra, a gravação foi feita às 20h30 do dia 15 de maio de 2020, mas a denúncia do Ministério Público considera que Rafael foi morto um dia antes, entre a noite e a madrugada. "Ou seja, um dia depois que o Ministério Público disse que o menino morreu, o menino estava vivo", afirmou o advogado de Alexandra, Gustavo Nagelstein. 

Já para a promotora de Justiça Michele Taís Dumke Kufner, que atua no caso, a gravação não altera os termos da acusação. "Não se trata de um áudio inédito. Não se trata de um áudio que foi criado no dia 15, mas um áudio que foi encaminhado pro celular do pai, reencaminhado, pro celular do pai, naquela data do dia 15 em que todo mundo já estava fazendo as buscas pelo Rafael", disse.