Polícia inocenta Prevent Senior e médicos que prescreveram o "kit covid"
Investigação não encontrou elementos para caracterizar crimes praticados pela operadora
A polícia de São Paulo decidiu não fazer nenhum indiciamento sobre as denúncias de uso de medicamento sem eficácia contra a covid-19 em pacientes da operadora de saúde Prevent Senior.
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A delegada Lisandrea Colabuono, que assina o relatório da investigação, concluiu que não foram encontrados elementos para caracterizar crimes praticados por funcionários, médicos ou ex-funcionários da empresa.
Médicos da operadora foram ouvidos na investigação e afirmaram que nunca existiu uma imposição para a prescrição de qualquer medicamento. Segundo os profissionais, a autonomia médica era respeitada e, sempre que utilizado algum remédio off label, era colhido o termo de consentimento.
A investigadora ressalta que, no início da pandemia, não existiam grandes estudos e protocolos definidos para o tratamento da doença, e que médicos que receitavam cloroquina e outros medicamentos no período estavam amparados por protocolos iniciais divulgados pela OMS, Ministério da Saúde e Conselho Federal de Medicina.
O relatório da polícia aponta ainda que não é possível estabelecer relação de causalidade entre o uso de remédios do kit covid e mortes de pacientes diagnosticados com covid-19.
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