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Justiça

Organizações pedem que Justiça afaste presidente do Inep

Depois de servidores denunciarem má gestão, ação pede o afastamento de Danilo Dupas

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Danilo Dupas, presidente do Inep, durante audiência no Senado | Roque de Sá/Agência Senado
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Entidades da educação abriram uma ação pública pedindo o afatamento do presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Danilo Dupas. O documento foi assinado pela Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes (Educafro), pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e pelo Instituto Campanha Nacional Pelo Direito à Educação na 4ª feira (17.nov)

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Além da saída de Dupas, a ação solicita que os servidores que pediram exoneração reassumam seus cargos. Nas últimas semanas, cerca de 37 servidores deixaram o Inep. Em comunicado divulgado pela Associação dos Servidores do Inep (Assinep), os trabalhadores listaram uma série de denúncias e afirmaram ter passado por "assédio moral, desmonte nas diretorias, sobrecarga de trabalho e de funções". 

Os profissionais criticaram ainda os canais de comunicação do Instituto, alegando que foram utilizados para "autopromoção da Presidência". Danilo Dupas foi convidado a participar de audiência no Senado para esclarecer as denúncias, mas negou que as demissões sejam motivadas por seu comportamento. 

"Os atos abusivos, ímprobos e ilícitos perpetrados conjuntamente e de forma concertada pelos dirigentes das pessoas jurídicas de direito público demandadas, a saber, o presidente da República, o ministro da Educação, e o presidente do INEP, na condução do setor da educação no Brasil, causaram diretamente a crise no INEP, e são por conseguinte potencialmente causadores de gravíssimos danos coletivos iminentes, a um só tempo materiais, morais e sociais", diz a ação pública. 

Na última 2ª feira (15.nov), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que o Enem está com "a cara do governo". Depois da declaração, tem se levado dúvidas sobre uma possível interferência do governo nas questões da prova. Tanto o mandatário, quanto o ministro da Educação Milton Ribeiro, no entanto, negaram. 

Leia a íntegra da ação aberta por entidades educacionais:

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