Caso Vitória Gabrielly: começa júri do casal acusado de assassinato
Menina desapareceu quando andava de patins em Araçariguama (SP), cidade onde morava
SBT Brasil
Começou nesta 2ª feira (8.nov), em São Roque, no interior de são paulo, o júri popular que vai decidir o destino do casal acusado de assassinar a menina Vitória Gabrielly, de 12 anos. O crime, que aconteceu há quase três anos e meio, abalou a cidade de Araçariguama (SP), onde a vítima morava.
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Os réus chegaram ao fórum logo cedo. A mãe de Bruno Oliveira foi apoiar o filho. "Filho, eu estou aqui, eu te amo, viu?", disse. Bruno e a mulher dele, Mayara Abrantes, teriam sequestrado e matado Vitória em junho de 2018. Segundo o Ministério Público, eles cumpriam ordens de um traficante de drogas, mas teriam pego a menina por engano. O verdadeiro alvo era outro.
Vitória desapareceu quando andava de patins. O corpo só foi encontrado oito dias depois no meio da mata, nos arredores da cidade. A lentidão para o julgamento ser realizado, já conhecida da Justiça brasileira, aumentou ainda mais o sofrimento dos pais da menina. Por causa das regras de isolamento da pandemia do novo coronavírus, a Justiça também não permitiu que os pais assistissem ao júri popular.
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Rosana e Beto estão do lado de fora, na rua, à espera do veredito. "Nos tiram esse direito, no momento em que você vê futebol, shows, festas, eventos já acontecendo. Acho que foi de muita crueldade para conosco", afirmou o homem. Até o início da noite, 14 testemunhas tinham sido ouvidas. Os réus devem ser interrogados ainda nesta 2ª feira, mas a decisão dos jurados, quatro mulheres e três homens, só deve sair nesta 3ª feira (9.nov).
Quatro acusados foram presos pela morte da menina. O servente de pedreiro Júlio Cesar Ergesse, chamado por Bruno e Mayara para sequestrar Vitória Gabrielly, foi condenado a 34 anos de prisão, mas ecorreu e teve a pena reduzida para 23 anos e 4 meses. O traficante Odilan Alves, que teria dado a ordem para matar outra menina parecida com Vitória ainda será julgado. "A pena maxima que ele pegar não vai aliviar, porque, assim, ele só vai passar um tempo ali e eu vou passar a vida sem minha filha", disse a mãe da vítima.
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