Justiça nega pedido da defesa de Flordelis para afastar juíza do caso
Ex-deputada federal está em presídio na zona oeste do Rio desde o dia 18 de agosto
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Desembargadores do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) rejeitaram a exceção de suspeição contra a juíza Nearis Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói, proposta pela defesa da ex-deputada federal Flordelis. Presa desde o dia 13 de agosto, acusada de ser a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019, Flordelis disse que houve quebra da imparcialidade da magistrada na condução do processo que apura o caso.
Para o desembargador relator do pedido de afastamento, Celso Ferreira Filho, porém, "a alegada rispidez da Excepta [juiza] não deve ser considerada para fazer surgir uma exceção de suspeição onde ela inexiste". "Firmeza não deve ser confundida com falta de urbanidade, assim como instrução escorreita, respeitando-se prazos, procedimentos e horários, não se transmuda em constrangimento ilegal", completou.
Em seu parecer, o magistrado -- da 2ª Câmara Criminal do TJRJ -- reforçou ainda que as vias recursais existem para se as partes não concordarem com as decisões da Justiça e que "opiniões divergentes e o debate de ideias opostas, deduzidas processualmente após a deflagração da ação penal, são inerentes à própria dialética do direito e do processo".
A Câmara dos Deputados aprovou a cassação do mandato de Flordelis, por quebra de decoro parlamentar, em 11 de agosto. Desde o dia 18 do mesmo mês, ela encontra-se no presídio Talavera Bruce, no Complexo Penitenciário de Bangu, zona oeste da cidade do Rio de Janeiro.
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