Cantor Sérgio Reis será investigado pela Polícia do Distrito Federal
Inquérito vai investigar ameaças feitas pelo artista ao Senado e STF em áudios vazados na internet
A Polícia Civil do Distrito Federal abriu um inquérito para investigar o ex-deputado e cantor Sérgio Reis por ameaças feitas ao Senado e ao Supremo Tribunal Federal em áudios vazados nas redes sociais durante o último fim de semana. Nas mensagens enviadas a um amigo, Sérgio Reis convoca caminhoneiros e grandes produtores de soja para protestos em favor do presidente Jair Bolsonaro e ameaça as instituições.
Em um trecho, ele diz que às vésperas do feriado do Dia da Independência, em 7 de setembro, vai entregar um documento ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), determinando uma "ordem" para "aprovar o voto impresso e para tirar todos os ministros do Supremo Tribunal Federal" em 72 horas.
Segundo a Polícia Civil, o depoimento ainda não foi marcado, mas Sérgio Reis será investigado por suposta associação criminosa voltada à prática dos crimes previstos nos artigos 129 (ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem), 147 (ameaçar alguém, por palavra, escrita ou gesto), 163 (dano ao patrimônio) e 262 (expor a perigo meio de transporte público, impedir-lhe ou dificultar-lhe o funcionamento) do Código Penal.
Com a repercussão do áudio na internet, a esposa de Sérgio Reis chegou a falar que ele ficou depressivo e teve crises de diabetes. O assessor de imprensa do cantor informou ao SBT nesta manhã que o cantor foi hospitalizado, mas não deu mais detalhes. Apesar disso, nessa 2ª feira (16.ago), o ex-deputado participou de uma live e desmentiu as ameaças, dizendo que, na verdade, pediu que os impeachments de ministros do supremos fossem "estudados".
No áudio o cantor disse que dia 8 de setembro o povo brasileiro iria ao Senado tratar sobre os ministros do STF. "Se vocês não cumprirem em 72 horas, nós vamos dar mais 72 horas, só que nós vamos parar o País. Já está tudo armado. O País vai parar", afirmava. "E, se em 30 dias eles não tirarem aqueles caras [os ministros do STF], nós vamos invadir, quebrar tudo e tirar os caras na marra."