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Justiça

Ministério Público denuncia mãe e madrasta do menino Miguel

As duas são acusadas de homicídio triplamente qualificado, tortura e ocultação de cadáver

Imagem da noticia Ministério Público denuncia mãe e madrasta do menino Miguel
MP Miguel
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O Ministério Público gaúcho denunciou nesta 3ª feira (17.ago) a mãe e a madrasta do menino Miguel por homicídio triplamente qualificado, tortura e ocultação de cadáver. As penas somadas podem chegar a 41 anos de prisão. A coletiva de imprensa com os detalhes da denúncia foi realizada em Porto Alegre.

As qualificadoras apontadas pelo MP são motivo torpe, porque a criança passou a ser um empecilho; meio cruel, em função da cadeia sucessiva de atos praticados contra a criança, e recurso que dificultou a defesa da vítima: a superioridade de forças, duas mulheres contra um menor, e o fato de deixarem o menino trancado, debilitado, impossibilitado de pedir socorro e, ainda, dopado.

"O fato nos choca, revolta e causa indignação porque foi cometido longe dos olhares de amigos, colegas, inclusive de vizinhos, o que impediu a todos nós de ouvir os gritos impotentes e inaudíveis dessa indefesa vítima", disse o subprocurador Júlio César de Melo.

Miguel Rodrigues, de 7 anos, foi morto no dia 28 de julho, em Imbé (RS), dentro do apartamento em que a família vivia, numa pousada. Segundo a investigação, as autoras são a mãe dele, Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, de 26 anos, e a madrasta, Bruna Nathiele Porto da Rosa, de 23, que já estão presas. Antes de morrer, a mãe teria dopado o menino, segundo relato dela à polícia. O corpo da criança teria sido jogado por elas no rio Tramandaí durante a madrugada do dia 29. E ainda não foi encontrado pelos bombeiros.

A criança sofria abuso psicológico e era mantida trancada dentro de um armário ou do poço de luz. Anotações feitas pela mãe e a madrasta, encontradas pela polícia, mostram que Miguel era castigado periodicamente.

A polícia também apreendeu correntes de ferro e cadeados que seriam usados para trancar a criança. Havia sangue em uma dessas correntes e numa camiseta do menino analisadas pela perícia.

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