Justiça liberta fazendeiro acusado de ajudar Lázaro Barbosa

O fazendeiro Elmi Caetano, de 74 anos, suspeito de auxiliar o fugitivo Lázaro Barbosa durante as buscas ao criminoso morto pela polícia, foi solto na última sexta-feira (16) pela Justiça e deverá usar tornozeleira eletrônica. 

Barbosa, acusado de vários crimes em série, como mortes, assaltos, invasões e estupros, morreu ao ser baleado pelos agentes após operações que duraram 20 dias, em Goiás. Caetano estava preso em Águas Lindas de Goiás desde 24 de junho e prisão preventiva foi substituída por medidas cautelares.

Caetano foi preso por crime de favorecimento pessoal e será monitorado pela tornozeleira, sendo proibido de sair de casa durante à noite. O fazendeiro só pode deixar a região com autorização judicial. A decisão foi motivada por não "persiste o perigo gerado pelo estado de liberdade" e que constam nos autos "documentos que indicam certa fragilidade na saúde de Elmi".

Duas armas chegaram a ser apreendidas, mas uma perícia indicou que o armamento está inapto a realizar disparos. A defesa tenta retirar a acusação pela posse das armas. O fazendeiro teria dificultado o trabalho da polícia, impedindo o trabalho dos agentes na propriedade dele.

O ajudante do fazendeiro, Allain de Santana, chegou a ser detido, mas foi solto e contou que o patrão estava acobertando Lázaro. Sem provas que o incriminassem, Santana foi solto em audiência de custódia. 

As investigações sobre o caso prosseguem, ainda que a versão de Barbosa tenha sido silenciada. A defesa de Elmi Caetano aponta que o fazendeiro teria sido usado como "bode expiatório", indicando que o cliente fosse o "mentor" ou "líder" de uma organização que tem interesses imobiliários, com "adjetivos pejorativos" sem provas dessas indicações.