As 739 mentiras identificadas pelo TSE contra o processo eleitoral
TSE analisou peças publicitárias contra a urna eletrônica em 2020, e enviou suspeitas à PF e ao MP
Leonardo Cavalcanti
O Comitê Estratégico de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) identificou 739 peças iniciais para atacar a democracia nas eleições do ano passado. As prapagandas enganosas -com narrativas fakes desenvolvidas para as redes sociais- foram descobertas a partir de mais de 5 mil denúncias, que resultaram no banimento de 1.042 contas de Whatsapp por envio massivo de mensagens relacionadas à campanha de 2020.
A identificação das peças levanta suspeita de ataques coordenados e financiados. Parte do material analisado foi remetido a investigadores do Ministério Público e da Polícia Federal. "O comitê deu a todos o encaminhamento para a minimização de seus efeitos negativos sobre o processo eleitoral", diz um dos trechos do relatório da Corte, que será divulgado nos próximos dias. Ao todo, o aplicativo de mensagens baniu 360 mil contas no Brasil no período eleitoral.
Em entrevista ao SBT News, a secretária-geral da Presidência do TSE, Aline Osório, diz que o trabalho é contínuo, principalmente a um ano do início da próxima campanha presidencial. Ela acredita que a melhor forma de combater a desinformação é com campanhas e parcerias com as plataformas. Os casos suspeitos de ação coordenada, a partir de eventual financiamento são remetidos para os investigadores federais.
Em setembro de 2020, o SBT News revelou que os principais ataques identificados pelo grupo de inteligência do tribunal eleitoral foram direcionados ao processo eleitoral e à urna eletrônica. As postagens na época faziam referência à decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 14 daquele mês, que avaliou a inconstitucionalidade do voto impresso. Um dos posts fazia referência à suposta "segurança" do voto imprenso.
Veja a seguir a entrevista com Aline Osório: