Caso Tatiane Spitzner: Justiça remarca julgamento do acusado para maio
Com o objetivo de evitar novo cancelamento da sessão, juiz determinou a nomeação de um advogado dativo
Luis Felipe Manvailer olha para frente enquanto permanece sentado em cadeira (SBT Jornalismo)
SBT Jornalismo
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O julgamento de Luis Felipe Manvailer, acusado de homicídio qualificado contra a mulher, a advogada Tatiane Spitzner, foi remarcado para as 9h do dia 4 de maio de 2021, segundo decisão proferida nesta segunda-feira (16) pelo juiz Adriano Eyng, da 1ª Vara Criminal e Tribunal do Juri de Guarapuava, no interior do Paraná. Há uma semana, a sessão que condenaria ou inocentaria o réu foi suspensa após a defesa dele abandonar o fórum.
Os advogados do acusado alegaram que o seu trabalho foi cerceado quando o juiz não permitiu o uso de um vídeo da portaria do prédio onde aconteceu o crime. A defesa reforça que o vídeo faz parte dos autos do processo. Por outro lado, o magistrado disse que material não constava nos autos iniciais e, por isso, negou o pedido para que fosse usado.
Devido ao abandono, uma multa de 100 salários mínimos foi aplicada à defesa do réu e o julgamento precisou ser adiado pela terceira vez. A primeira data designada para a realização deste era o dia 3 de dezembro de 2020, mas o fato de um dos advogados de Manvailer ter contraído a Covid-19 levou ao cancelamento. Na sequência, a sessão foi remarcada para 25 de janeiro, mas um novo pedido da defesa culminou na mudança para 10 de fevereiro.
Para evitar que, no caso de um segundo abandono ou ação similar, o julgamento em 4 de maio também seja cancelado, o juiz Adriano Eyng determinou "a nomeação de advogado dativo para estudo e acompanhamento do caso". A nova sessão ocorrerá no Tribunal do Júri de Guarapuava. O sorteio dos jurados será realizada às 13h15, no dia 5 de abril, por videoconferência.
Na ocasião do crime, em 2018, Tatiane foi encontrada morta após cair do quarto andar do prédio onde morava, em Guarapuava. Imagens das câmeras de segurança gravaram Manvailer recolhendo o corpo da mulher em frente ao local e limpando marcas de sangue que ficaram no elevador. A prisão dele ocorreu no mesmo dia da morte, quando tentou fugir e bateu o carro em uma estrada.